“Joaquim Nabuco: o valor da palavra empenhada” será aberta no Congresso Nacional na terça.

    A Câmara dos Deputados e a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) vão realizar entre 20 de outubro e 14 de novembro uma grande exposição histórica sobre o estadista Joaquim Nabuco, no Salão Negro do Congresso Nacional. A mostra “Joaquim Nabuco: o valor da palavra empenhada” resgata a trajetória política e parlamentar do deputado eleito pela província de Pernambuco em 1879, pelo Partido Liberal, que ocupou a tribuna da Câmara até 1888, ano da Abolição da Escravatura, considerada por ele a grande questão para a democracia brasileira.

    Com base em escritos e discursos realizados no Plenário, a mostra enfatiza a coerência de suas idéias, a solidez de seus argumentos, seu papel fundamental para a formação do Estado Brasileiro e a atualidade de seu pensamento. Os textos são acompanhados de um rico acervo iconográfico, que inclui fotografias e gravuras da época, manuscritos, móveis e objetos pessoais de Nabuco. Entre eles está a caneta pela qual a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, depois presenteada ao príncipe dos abolicionistas.

    Outros destaques são duas cartas que Joaquim Nabuco enviou em 1891 ao imperador d. Pedro II, em exílio na França, comentando a Proclamação da República e o novo governo. Ainda há exemplares de livros de Machado de Assis, com dedicatória do autor a Joaquim Nabuco; réplica da coroa de d. João VI; instrumentos de punição de escravos e várias outras peças.

    A exposição está dividida em três partes. A primeira delas corresponde aos anos de formação de Joaquim Nabuco. A segunda aborda sua atuação política, a atuação em Plenário, às causas abraçadas e sua luta em prol da abolição da escravatura. O terceiro momento da exposição enfoca a chegada da República, a interrupção de sua vida parlamentar, suas atividades posteriores como escritor e diplomata; a importância e repercussão do pensamento de Nabuco até os dias de hoje.

    A coordenação do projeto e pesquisa cabe à Câmara dos Deputados, com curadoria de Clara Monteiro de Castro Pinto, Gilcy Marques e José Theodoro Mascarenhas Menck.

    Ao estudar as notas taquigráficas das sessões parlamentares da época, Clara se surpreendeu ao notar que o abolicionista também se dedicava ao debate de questões das mais variadas, desde o Orçamento até a Bolsa de Valores e a reforma de navios. “Em qualquer assunto levantado no Plenário, Joaquim Nabuco tinha um posicionamento, a favor ou contra. Ele foi um dos responsáveis pela formação do Estado brasileiro e as idéias que debatia até hoje são discutidas.

    A exposição, que contou com a colaboração da Academia Brasileira de Letras e da Fundação Joaquim Nabuco, integra o conjunto de iniciativas publicas e privadas que homenageiam o escritor, jornalista, jurista, diplomata e deputado Joaquim Nabuco, ao longo de 2010, centenário de sua morte. O Ano Nacional Joaquim Nabuco foi instituído por lei federal de autoria do senador Marco Maciel (DEM-PE).

    Serviço – Joaquim Nabuco. O valor da palavra empenhada

    Documentos, obras de arte, peças de mobiliário, utensílios, livros e cenário.

    Local – Salão Negro do Congresso Nacional

    Abertura – 19 de outubro (terça) às 19h30.

    Data – De 20 de outubro e 14 de novembro de 2010, de 9 às 18 horas.

    Entrada gratuita.