A companhia italiana Kataklò traz “Play”, espetáculo de dança e imagens na Villa-Lobos.

    Para os bailarinos da companhia italiana Kataklò, a vocação atlética afirma a condição de domínio, rigor e precisão. A dança acrescenta uma roupagem contemporânea, ao mesmo tempo subversiva e sensual, como se estivessem desobrigados de competir e dispostos a celebrar a vida. A coreógrafa Giullia Staccioli, diretora do grupo, tempera essa verdadeira desconstrução dos tempos de estádio com humor. O que antes poderia ser interpretado como “fora de Lei”, agora ganha aplausos e desperta admiração, como se o ato de criar produzisse um outro tipo de dança, próxima de uma indisciplina necessária para ser carismático e autêntico.
     
    Todos os integrantes da companhia são atletas, jovens campeões mundiais e olímpicos, que se reuniram para ir além dos limites permitidos pelas competições esportivas, romper normas impostas em ginásios e estádios e, nessa busca, chegaram ao palco. Flexionando e impulsionando seus corpos, eles reestruturaram seus movimentos atléticos e acrobáticos, adquiridos em anos de treinamento, e os transformaram em arte para multidões.


     
    Essa inusitada e irresistível união do esporte com a dança cria os surpreendentes espetáculos do Kataklò. Seis anos após sua primeira e celebrada passagem pelo país, eles estão de volta com seu mais recente sucesso, o espetáculo “Play”. Em uma verdadeira “tour de force” esportiva, a companhia será vista pelos brasileiros em uma extensa turnê, que começa em Belo Horizonte (Palácio das Artes), no dia 10 de abril, passa por São Paulo (Teatro Alfa) nos dias 13 e 14 de abril, Recife (Teatro UFPE) no dia 16, Salvador (Teatro Castro Alves) no dia 18, Ribeirão Preto (Teatro Pedro II) dia 21, Campinas (Teatro do Centro de Convivências) no dia 22, Santos (Teatro Coliseu) no dia 23, Porto Alegre (Teatro Bourbon) dia 25, Florianópolis (Teatro Governador Pedro Ivo) no dia 27, Curitiba (Teatro Guaíra) dia 29, Brasília (Teatro Nacional Claudio Santoro) dia 01 de maio e termina no Rio de Janeiro, (Vivo Rio) no dia 05 de maio.

    Play
     Definido como o “manifesto artístico” do Kataklò pela própria diretora Giullia Staccioli, a proposta do espetáculo é desfilar várias modalidades esportivas e seus treinamentos, em um mix de poesia e ironia – característica marcante do grupo. São performances que se utilizam de artefatos cênicos mais comuns às quadras de esportes: barras, argolas, bicicletas, bolas, traves e raquetes de tênis, para surpreender, encantar e comprovar o porquê da projeção mundial do Kataklò. O espetáculo tem cerca de 1h20min de duração, divididos em dois blocos de 40 minutos.

    Play é uma viagem sobre o esporte e seus treinamentos, mostrados com poesia, surpresa e ironia, na característica fusão surpreendente de dança e ginástica da companhia. Giulia Staccioli acredita que “o Kataklo mostra uma nova forma de expressão artística, com o feliz casamento entre a dança e o esporte, entre coreografias e a perfeição atlética dos artistas”. Música, iluminação e a própria coreografia são elementos fortes na estética do Kataklò, mas o que inegavelmente se destaca é a perfeição atlética dos bailarinos/esportistas, auxiliada por artefatos cênicos. Seriam atletas ou dançarinos? “A necessidade de achar uma definição perde importância com o nosso trabalho. O que vale são os resultados alcançados” declara Giulia.
     

    O Kataklò Athletic Dance Theatre surgiu em 1995 e logo chamou a atenção pelo nome estranho – que em grego significa “eu danço dobrando-me e contorcendo-me”. Sediado na cidade italiana de Milão, tinha à frente Giulia Staccioli, campeã olímpica de ginástica rítmica e com rápida passagem pelo Momix, e o marido, Andréa Zorbi, jogador de vôlei, três vezes campeão europeu e duas vezes campeão do mundo. Junto a mais oito atletas, todos com passagens por importantes competições internacionais e olímpicas, conceberam o primeiro espetáculo, “Indiscipline”, que estrearia no ano seguinte, com excelente acolhida de público e crítica. No mesmo ano o mundo começaria a conhecer o Kataklò, quando o grupo foi convidado a participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Sidney.
     
    Em 1998 estrearam “Kataklopolis”, que apresentaram em turnê mundial por três anos e, em 2002, foi a vez de “Line Up – Energie Verticale”. Em 2003, com o espetáculo “Katacandy” inauguraram seu próprio teatro, o Spazio Studio K.
     
    Paralelamente aos espetáculos e às turnês internacionais, o Kataklò se tornou convidado freqüente de grandes eventos, como a abertura ou encerramento de grandes competições esportivas, além de aparecerem em vários comerciais para a TV. Hoje a companhia tem 15 membros fixos, que se dividem em apresentações na Itália e Europa e turnês por todos os continentes. O grupo mantém uma rígida disciplina, que inclui ensaios diários, que podem chegar a 10 horas de duração.
     
    Em 2004 se apresentaram pela primeira vez no Brasil, com o espetáculo “Fair Play”, em uma aplaudida turnê vista em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. Em 2005, estrearam “Livingston” e em 2008 foi a vez de “Play”, que chega agora ao Brasil.
     
    Desde o começo desta década a companhia tem sido constantemente vista em grandes espetáculos, como a comemoração do World Yout Day, em 2003, quando se apresentaram para o Papa João Paulo II e milhares de espectadores na Praça São Pedro; a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Turin (2006) e a celebração do ano novo em Hong Kong, em 2007, entre muitos outros.
     
    Site: http://www.kataklo.com

    Serviço: PLAY
    Duração: 40min./15min./40min.  

    Local: Teatro Nacional Claudio Santoro                      
    Endereço: Eixo Monumental nº. S/N
    Data: 1 de maio (sábado)
    Hora: 21h
    Teatro Nacional Claudio Santoro: Sala Villa Lobos         
    Vendas: (61) 3325-6256/ 3325-6239                 
     
    Abertura vendas: a definir                
    Censura: Livre