Liniker fala sobre música e empoderamento.

24 de março.

Fotos: Leila Penteado. Divulgação.
Fotos: Leila Penteado. Divulgação.

Uma rara pérola negra aguçou nossos ouvidos e conquistou as redes sociais com o furor de uma música ao mesmo tempo doce e visceral. Liniker aumenta seu número de fãs com letras apuradas, irreverência, algumas doses provocação e um visual que brinca com a questão do gênero.

No palco reina com leveza e arrasta um séquito de seguidores pelas cidades por onde passa. Chegou a vez de Brasília cantar e dançar ao som de Liniker e os Caramelows, que aterrisam na festa Afete-se nesta quinta (24 de março) no Complexo Cultural Dulcina, ao lado de mais de vinte atrações musicais.

O Acha Brasília conversou com Liniker antes de seu debut na cidade. Confira:

Acha – Seu trabalho ganhou asas com a internet, um fenômeno recorrente hoje em dia. Como você vê esta geração que saiu da rede e conquistou os palcos com independência?

Liniker – Isto vem acontecendo com vários artistas de uns anos pra cá, o que é ótimo. Ficamos muito surpresos com a agilidade das coisas. Lançamos o EP “Cru” na internet, no YouTube, talvez por ser a única opção àquela altura. Não esperávamos que fosse ser bombástico do jeito que foi e tão rápido.

Acha – A festa Afete-se provoca uma reflexão sobre ser quem você é sem se preocupar com preconceitos. Como você recebeu este convite que acabou por coincidir com seu primeiro show em Brasília?

Liniker – O momento é este: apresentar o EP “Cru” ao vivo para as pessoas. E vem surgindo vários convites. Passamos por Porto Alegre, BH, Rio de Janeiro e uma hora ia pintar Brasília. Acho significativo estrear em uma festa como a Afete-se, que apoia a representatividade, o empoderamento, joga essa luz nisso, sabe?

Acha – Quais são suas influências artísticas e como elas se relacionam com a questão da cor e do gênero?

Liniker – As minhas influências vieram de dentro de casa mesmo. Minha mãe dançava, ouvia samba rock e eu ouvia com ela. Etta James, Itamar Assumpção, Nina Simone, Tim Maia e todos os álbuns do Clube do Balanço fazem parte dessa influência. Na música do nosso projeto, acho que reflete com uma pegada muito soul, black music, mas eu acho que não é só isso. Acho que o que chega mais perto é “música preta brasileira”.

Acha – Alguma surpresa para os brasilienses?

Liniker – Vamos mostrar as três músicas do EP “Cru”, além de algumas que estarão no primeiro disco de Liniker e os Caramelows. Então, gente, vai ser uma noite de muito amor, muito afeto e puro som. Vamos pro baile, porque garantimos a caramelância.

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Serviço: Afete-se
Data: 24 de março (quinta) às 22 horas
Local: Complexo Cultural Dulcina (Edifício FBT – Quadra SDS, Bloco C, S/N – 30/64 – Asa Sul)
Venda promocional online
Pontos de venda: Loca Como Tu Madre (306 sul – Bloco C – Loja 36), Senhoritas (408 norte – Bloco E – Loja 42/52)
Classificação indicativa: 18 anos.