“Só o amor me interessa, e eu estou apenas em contato com coisas que giram em torno do amor” declarou Marc Chagall em frase que norteia a mostra Marc Chagall: sonho de amor, em cartaz atualmente no CCBB RJ até 6 de junho. De lá a exposição aterrissa no CCBB Brasília de 28 de junho a 18 de setembro com entrada franca.
Marc Chagall nasceu na Rússia e viveu até 97 anos de idade. Faleceu na França em 1985, após atravessar a Revolução Russa, sobreviver à pandemia da gripe espanhola e encarar duas Guerras Mundiais. O artista ainda assistiu a criação e consolidação do Estado de Israel e foi reconhecido como um dos ícones da arte moderna, sobretudo por sua peculiar linguagem artística. Mesmo diante de tanta dor e falta de esperança, seu trabalho enaltece o amor, a religiosidade e a esperança.
Serão expostas 186 obras que se destacou pelo uso de cores e pela criação de um universo lírico, poético e fantástico em suas pinturas e escritos. São pinturas, gravuras e litografias produzidas entre 1922 e 1981. A mostra percorre todas as fases de criação do artista. Nas salas de exposição emergem os temas: origens e tradições russas; o amor e o exílio na representação do mundo sagrado; o lirismo e a poesia, reencontrados em seu retorno à França, e o amor transcendente, uma ode ao sentimento de estar apaixonado, presente na figura dos enamorados que flutuam nas telas ou estão imersos entre ramos de flores.
“As obras mostram diferentes técnicas e suportes que Chagall utilizou com grande virtuosismo: óleos, têmperas e guaches, litografias e água-fortes branco e preto e coloridas à mão”. Conta a curadora Lola Durán Úcar.
Seu universo une elementos do folclore russo, temas religiosos judaicos e cristãos, o universo circense, flores e cidades onde viveu, sobretudo de Paris, sua grande paixão.