Anti Status Quo Companhia de Dança estreia novo espetáculo.

De 18 a 23 de fevereiro e 18 a 23 de março.

Fotomontagens: Danilo Fleury.

No ano de comemoração dos seus 30 anos de trajetória, a Anti Status Quo Companhia de Dança estreia nova criação – Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar. Esta, que é a 11ª obra da Companhia, será apresentada em duas temporadas, de 18 a 23 de fevereiro e de 18 a 23 de março. As apresentações têm início às 9:30, da manhã, e o ponto de encontro será o Centro de Dança do DF.

Entre as mais atuantes e respeitadas companhias de dança contemporânea do Centro-Oeste, a Anti Status Quo se destaca pela ousadia na experimentação no campo da dança e por explorar temas como comportamento, crítica ao capitalismo e o corpo na relação com a cidade. E ganha especial relevância na autoria de trabalhos que saem da forma mais tradicional de se fazer um espetáculo, com forte diálogo com as artes visuais, em especial instalações, obras ’site specific’ e intervenções urbanas.

Em “Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar”, obra itinerante contemplativa, a Companhia mergulha na experiência do corpo no cotidiano e no espaço urbano misturando as linguagens da dança, da fotografia e da intervenção urbana. Com plateia restrita a 24 pessoas (por sessão), cada espectador é recebido com um mapa de orientações que o leva a um passeio urbano provocativo de vivência sensível. Segundo Luciana Lara, diretora e coreógrafa da Companhia, “nesta proposta, o público trilha um percurso mapeado nas ruas em que acontecimentos e instalações mudam a perspectiva do olhar sobre a cidade”. O trajeto, que tem início solitário e torna-se coletivo a um determinado ponto, é, por todo ele, marcado pela presença dos seis artistas do elenco.

Criado em colaboração entre bailarinos e diretora, o processo criativo de “Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar” contou ainda com a participação de Gustavo Ciríaco (Rio de Janeiro/Lisboa), e Michelle Moura (Curitiba/Berlin), que realizaram residências de uma semana de duração, cada, com a Companhia. Os vários olhares serviram de combustível para a construção da dramaturgia que se permeia de pequenos afetos e encantamentos com o simples e da recomposição de relações vividas, as quais não são dadas atenção e tempo, suficientes, para serem sentidas. “A ideia é fazer surgirem microterritórios para relações entre a pessoa e a cidade que conectam níveis de percepção do espaço, do tempo e da realidade, numa fricção entre o real e o ficcional, a memória e o presente”, pontua Luciana.

Espetáculo: Microutopias Cotidianas Aglutinantes do Lugar
Grupo: Anti Status Quo Companhia de Dança
Ponto de encontro: Centro de Dança do DF
De 18 a 23 de fevereiro e 18 a 23 de março (de segunda à sábado)
Horário: sempre às 9:30
Número de espectadores por sessão: 24 pessoas
Entrada franca, mediante agendamento, no e-mail microutopiasasq@gmail.com
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 18 anos.