
A segunda edição da Mostra de Cinema Árabe Feminino vai de 19 de maio a 27 de junho e apresenta mais de quarenta filmes online em projeto do CCBB com curadoria das brasileiras Analu Bambirra, Carol Almeida e da egípcia Alia Ayman.
A sessão de abertura faz uma homenagem à tunisiana Moufida Tlatli, primeira mulher árabe a dirigir um longa-metragem de ficção no chamado mundo árabe. Os silêncios do palácio, lançado em 1994, além de ser um marco histórico, destaca-se pela estética refinada e por abraçar tantas camadas sociais, políticas e estilísticas utilizando o melodrama para lidar com todas essas estruturas.

A programação tem curtas, médias, longas-metragens de ficção e documentários, que abordam questões políticas; críticas sociais; conflitos familiares; utopias; amizades e masculinidades. Dentre os 27 filmes inéditos em exibição, destacam-se Escritório de espera, Barbès e Portão de Ceuta, dirigidos pela marroquina Randa Maroufi – que participará de um debate sobre as produções – e Quando coisas acontecem (Palestina/Reino Unido), de Oraib Toukan.
Um mergulhos nas fissuras, territórios de luta e espaços de existência. Filmes que existem entre outros filmes, dialogando em rotas de colisão ou de repulsão, mas permanecendo sempre em movimento, criando conexões e ressignificações. Filmes que existem como seres orgânicos, inseridos em corpos neste espaço sem fronteiras que é nossa capacidade de imaginação. Filmes como universos expandidos, possibilidades de terrenos celestes para plantar novas existências e resistências.

A programação é composta por um Universo Fílmico, dividido em seis conjuntos nomeados a partir das constelações: Cão Maior, Andrômeda, Serpente, Ursa Maior, Cinturão de Órion e Lua Vermelha. Cada semana o público poderá acompanhar um conjunto de filmes. Ainda ocorrem debates com as realizadoras, mesas redondas e uma Master Class com a realizadora Larissa Sansour.
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