Exposição celebra os 110 anos de nascimento de Oscar Niemeyer.

De 18 de abril a 9 de junho.

Foto: Evandro Teixeira.

A mostra Oscar Niemeyer – Territórios da Criação ocupa o Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (Tribunal de Contas da União) de 17 de abril a 9 de junho, com desenhos e croquis originais do arquiteto, pinturas, esculturas móveis, projetos gráficos, joias e as Revistas Módulo e Nosso Caminho, além de raros manuscritos.

Sem título. Oscar Niemeyer. Caneta hidrográfica sobre cartão.

De acordo com o curador da exposição, Marcus de Lontra Costa, o material reunido apresenta uma síntese de trabalhos criados pelo arquiteto que ultrapassam os horizontes de sua atuação profissional, com ênfase em toda a sua capacidade criativa. “Niemeyer elaborou uma sofisticada estratégia artística que superou os limites da arquitetura e serviu de base para definição de um pensamento estético nacional, inovador e surpreendente. Criou uma iconografia que nos identifica como nação, e ela se faz presente não só nos prédios que projetou, mas também em seus desenhos, pinturas, projetos gráficos, mobiliário, joias, etc. A exposição ‘Oscar Niemeyer – Territórios da Criação’ traz a público alguns desses exemplos, que revelam a maestria, o talento e a inteligência do nosso artista maior. Reunir esse significativo conjunto de obras é permitir o reencontro com formas e volumes que embasam a identidade brasileira”, convida o curador.

Pampulha. Série Fios. Oscar Niemeyer. 2004-2007.

A mostra é complementada por um vasto material documental, em especial referente à revista Módulo, publicação por ele criada e que atingiu a surpreendente marca de cem edições.

Sem título. Pavilhão Lucas Nogueira Garcez. Oca. São Paulo. Oscar Niemeyer.

A exposição conta ainda com dois importantes segmentos: obras de grandes artistas nacionais, que colaboraram periodicamente com Oscar Niemeyer e que se fazem presentes em diversos projetos de autoria do arquiteto; e portraits do arquiteto registrados por dez dos mais renomados fotógrafos brasileiros.

Mão. Estudo para painel Guerra. 1955. Cândido Portinari. Grafite sobre papel.

No ambiente dedicado às obras de artistas que colaboraram com Niemeyer podem ser conferidos trabalhos de Cândido Portinari, Roberto Burle Marx, Bruno Giorgi, Alfredo Ceschiatti, Athos Bulcão, Joaquim Tenreiro, Tomie Ohtake, Franz Weissmann e Carlos Scliar. ”Artistas e mestres da arte moderna, que com frequência colaboraram com Niemeyer, criando conversas poéticas de grande intensidade e que traduzem a ousadia das experiências modernistas no Brasil”, destaca Marcus Lontra.

Anjo. Modelo para Catedral de Brasilia. 1969. Bronze. Alfredo Ceschiatti.

De acordo com o curador, a presença de artistas plásticos nos prédios projetados por Niemeyer foi uma constante em sua trajetória profissional. “Ao compreender que ‘a beleza também é uma função’, o arquiteto definia a integração das artes como fator fundamental para provocar a surpresa e o encantamento que somente as verdadeiras obras de arte conseguem provocar” ressalta.

Flor Mineral. Franz Weissmann.

Já no segmento dedicado aos portraits do arquiteto, o fotógrafo Luiz Garrido selecionou uma série de trabalhos de fotógrafos renomados.

Nascido no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, em 1907, Niemeyer afirmou-se ao longo de sua trajetória profissional como um dos mais importantes arquitetos do século XX, obtendo reconhecimento internacional.

“Vocês podem gostar ou não da arquitetura de Brasília, mas vocês nunca viram coisa igual”, afirmou Niemeyer sobre sua mais grandiosa criação. “Com a construção da nova capital, o Brasil constrói ícones definidores da identidade nacional, e essas formas passam a ser incorporadas, intelectual e afetivamente, por todos os extratos da sociedade brasileira. Nesse instante, Niemeyer supera os limites da sua categoria profissional, tornando-se um construtor de formas e imagens com as quais o povo brasileiro se vê e se identifica. A presença de artistas plásticos em todas as suas obras esforça o espírito barroco de integração das artes, fazendo de cada projeto arquitetônico um vibrante laboratório de experiências visuais”, reafirma Marcus Lontra.

Poltrona alta. Linha O.N. 1971. Madeira e couro. Oscar Niemeyer.

Serviço: “Oscar Niemeyer – Territórios da Criação”
Local: Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (Centro Cultural do TCU – Complexo arquitetônico do Instituto Serzedello Corrêa)
Abertura: 17 de abril de 2018 (terça) às 19 horas
Visitação: De 18 de abril a 9 de junho
Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul Trecho 3 Polo 8 Lote 3 – Brasília, DF
Visitação: de terça-feira a sábado das 9h às 19h
Entrada franca

Exposição TCU: A evolução do Controle
Local: Museu do TCU Ministro Guido Mondin (Centro Cultural do TCU – Complexo arquitetônico do Instituto Serzedello Corrêa)
Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul Trecho 3 Polo 8 Lote 3 – Brasília, DF
Visitação: de terça a sexta-feira (das 9h às 18h)
Entrada franca

Agendamentos para o programa educativo podem ser feitos pelo telefone 3316-5221.