Paulinho Boca de Cantor fala sobre o povo de Brasília.

Praga de Baiano e Paulinho Boca de Cantor. Foto: Renato Acha.

Renato Acha

A Universidade de Brasília (UnB) se transformou em território da leveza e alegria na sexta (7 de outubro) quando o grupo de pesquisa “Música do Oprimido” convidou integrantes dos Novos Baianos para o encerramento da Semana Universitária.

O dia começou com a exibição do longa metragem “Filhos de João, o Admirável Mundo Novo Baiano”, de Henrique Dantas no Auditório Dois Candangos. A sessão foi seguida de um bate papo descontraído que abordou, entre outras coisas, experiências vividas na Ditadura Militar e o importante papel do grupo na história da música brasileira, fato que se comprovou no emocionante show da Banda Praga de Baiano, que contou com a participação de Paulinho Boca de Cantor, em um revival de grandes sucessos dos Novos Baianos, que se provaram atemporais e emocionantes.

Paulinho Boca de Cantor. Foto: Renato Acha.

A plateia se entregou, assim como Paulinho Boca de Cantor, que conversou com o Acha Brasília logo após a apresentação no Teatro de Arena.

“O povo de Brasília é antenado, comprometido e busca o entendimento para que a gente possa se melhorar e ter uma vida melhor para o planeta. Gosto muito da vibração e energia de Brasília. A gente gente chegou aqui e foi uma festa só. As pessoas levaram a gente com o maior carinho para vários lugares.

Hoje foi o ápice o dia todo. Houve a exibição do filme logo pela manhã e depois nos sentamos para conversar, muito contentes e não paramos de dar risadas, de brincar. O clima de Brasília é esse. Chegamos para o encerramento com a Banda Praga de Baiano, que homenageia os Novos Baianos. Praga de Baiano é o nome de um de nossos discos. Me chamaram para participar e com muito gosto eu vim e participei. Agora estou feliz, suado e com a alma lavada porque tive a resposta que eu mais quero no mundo, que é o amor dessa juventude, que me fez ficar assim, esse garotinho de 17 anos sempre.

Por isto que a gente se chama Novos Baianos, para não ficar velho nunca. Acordar todo dia ‘zero quilômetro’. Velho nunca, pode usar o termo ‘um pouquinho usado’, mas velho não”.