Cliques da China em livro e exposição no Museu da República.

Foto: Arthur Monteiro.
Foto: Arthur Monteiro.

O Império do Meio é um projeto documental realizado pelos fotógrafos Arthur Monteiro e Isabela Lyrio o nesta quinta (16 de julho) no Museu Nacional da República.

A dupla se uniu com câmeras de plástico para documentarar o gigante asiático com um livro e exposição. Durante seis meses viajaram por 30 cidades e vilarejos, passando por rotas comerciais modernas e da antiguidade, megalópoles e terras remotas. O livro traz textos de Maria Lúcia Verdi e Júlio Jatobá, artistas e pensadores brasileiros que viveram na China. O projeto busca aproximar o público brasileiro deste gigante cada vez mais determinante no cenário internacional.

Isabela Lyrio.
Foto: Isabela Lyrio.

Depois de milênios de poderosas dinastias imperiais, a China mergulhou em uma guerra civil, sendo então controlada pelo Partido Comunista que continua no poder até hoje. Com o passar das décadas e com a morte do líder supremo Mao Zedong, o país abriu suas portas para o exterior e sua economia deu um salto surpreendente. Prestes a retornar ao posto de maior economia do mundo – que ocupou durante a maior parte dos seus 5 mil anos de história escrita – a China chama a atenção do mundo. Seu povo vive um processo de re-identificação cultural muito veloz, que está transformando os hábitos milenares em uma cultura pasteurizada e inspirada no Ocidente. Como é este país e quais os princípios que movem sua sociedade hoje? O que a China representa para o mundo? Estas são algumas das questões que O Império do Meio apresenta.

Utilizando câmeras de plástico e filmes feitos e processados na China, os fotógrafos caminharam pelas ruas chinesas documentando hábitos cotidianos neste país que radicalizou sua história no último século. “Fotografar com as câmeras de plástico nos libertou da ansiedade e da paranóia de perfeição estética da nossa época, ficamos mais leves. Esta relação tranqüila nos estimulou a contemplar os detalhes milimétricos e a velocidade impressionante da superlativa China. Como fotógrafos documentaristas, abordamos o paradoxo chinês através do conteúdo, metodologia e estética.” afirma Arthur Monteiro.

Foto: Arthur Monteiro.
Foto: Arthur Monteiro.

O projeto será lançado no Museu da República e depois segue para o SESC Ceilândia. Conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Governo do Distrito Federal. Com o apoio de uma historiadora, visitas mediadas ocorrerão de terça a domingo, sempre pela parte da tarde.

Foto: Isabela Lyrio.
Foto: Isabela Lyrio.

Serviço: O Império do Meio
Lançamento: 16 de julho (quinta), às 19 horas
Data da exposição: 16 de julho a 15 de agosto
Local: Museu Nacional da República – Sala 2 térreo
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 9h às 18h30
Visitas mediadas: terça a domingo, das 14h as 18h30
Informações: isabelarl@gmail.com e (61) 9127-2525
Agendamento de grupos: Nísia Sacco – 8180-4044