A peça se passa em um “Tribunal Popular”, um tipo de picadeiro, onde um jovem rapaz está sendo julgado por um Estado totalitário por difundir idéias sobre política e sociedade que divergem daquelas que os governantes antevêem e pretendem inalteráveis. O tribunal é um tipo de “circus máximus”, um dramático espetáculo promovido para as massas, pelas lideranças ocultas.
No palco a relação entre um juiz autoritário (que ao mesmo tempo é o advogado e o promotor) e um réu, considerado pelo estado como ativista político e social. Os dois confrontam-se no que diz respeito às liberdades civis, as noções de ordem e justiça, os limites do poder sobre o cidadão e sobre como a sociedade sofre por alguns paradigmas criados por ela própria para controlar o ímpeto humano.
O espetáculo pode ser considerado uma “distopia” (antítese da “utopia”), ao projetar uma sociedade atemporal, onde os direitos humanos e civis são renegados em prol da manutenção do status quo de uma ordem autocrática. E a partir dessa perspectiva, em um texto sagaz e um enredo surpreendente, o espetáculo mostra uma alegoria de nossa própria sociedade, sendo que o verdadeiro tribunal revelado em cena é o da nossa própria consciência.
O espetáculo estreou em novembro de 2008 (CCB), com temporadas em novembro de 2009 (Teatro Goldoni) e abril de 2010 (Teatro SESC Garagem). Em 2010 o espetáculo foi convidado para a abertura do “V Curso de Orientação Política” da Faculdade de Direito da FACTU/Unaí. E tendo sido contemplado com o prêmio de difusão do Fundo de Arte e Cultura – FAC do GDF, terá uma nova temporada em 2011.
Serviço: O Julgamento
Local: Teatro Goldoni (Casa D’Itália), EQS 208/209
Período: Até 17 de Abril (de sexta a domingo)
Horários: Sexta e sábados às 21 horas, domingos às 20 horas.
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)*
Classificação: Indicado para maiores de 14 anos.
Informações: leudo_lima@yahoo.com.br (Tel.: 9254-5740)
* Meia-entrada para estudantes, idosos, doadores de 1kg de alimento e filiados ao SINDJUS
