Selton Mello fala sobre o lançamento do filme “O Palhaço”.

Giselle Motta e Selton Mello. Foto: Renato Acha.

Renato Acha

O filme O Palhaço teve avant-première no Cinemark Iguatemi no dia 27 de outubro (quinta) com a presença do ator e diretor Selton Mello e da atriz Giselle Motta.

A produção já foi um enorme sucesso em seu primeiro final de semana. Para se ter uma ideia, cerca de 180 mil espectadores viram a obra entre sexta (28) e domingo (30), conforme dados divulgados pela distribuidora Imagem Filmes.

A atração do público pela obra se justifica. O Palhaço aborda a peregrinação da trupe do Circo Esperança pelo interior do país sob um olhar sensível. Os atores integram uma bela estória em meio a locações de tirar o fôlego, em cidades do interior de Minas Gerais, como Montes Claros e Passos.

O elenco reúne diversas gerações em uma alquimia perfeita. Selton Mello, a revelação Giselle Motta, Paulo José, Teuda Bara, Moacyr Franco (premiado no Festival de Paulínia como Melhor Ator Coadjuvante), Tonico Pereira, Ferrugem, dentre outros nomes.

A trama revela Benjamin (Selton Mello), um palhaço em crise de identidade que se vê diante de um grupo de artistas unidos nas mais engraçadas situações. O clima vintage, acentuado pela apurada pesquisa em direção de arte, figurino (Kika Lopes – premiada em Paulínia) e trilha sonora (Plínio Profeta), promove um deslocamento no tempo e espaço, onde o público embarca junto com a trupe em uma viagem inusitada pelo interior do Brasil.

Divulgação.

Selton Mello falou com exclusividade ao Acha Brasília:

“Para se dirigir um filme é preciso verdade. É preciso muito querer muito dizer alguma coisa do fundo do coração e este assunto me interessa. Identidade, destino, o que escolhemos fazer de nossas vidas. É isso mesmo que queremos? Isto me interessa pessoalmente, então quando tem verdade, você chega nas pessoas. Fale da sua aldeia e você será universal. Ao falar de uma coisa que é muito cara para mim, isto chega em todo mundo.

O filme é uma mistura saudável de gente nova e talentosa, gente que eu admiro desde a infância, como Moacyr Franco e Paulo José, que é um mestre. Uma mistura de talentos e de várias escolas. É um filme feito com amor.

Espero que seja um sucesso comercial. Eu tenho esta expectativa, de quebrar um pouco o paradigma de que para fazer sucesso comercial tem que ser uma comédia muito mastigada ou filme violento. O filme causa um grande encantamento e todo mundo sai tocado de alguma forma”.