Obra de Hilda Hilst é encenada no metrô, teatro e em um barco.

De 1 a 26 de maio.

Fotos: Andrés Marín. Divulgação.
Fotos: Andrés Marín. Divulgação.

Metrô, teatro e até um barco, espaços distintos que permitem interações distintas. E que se transformam em palco para um espetáculo teatral diferente do comum. Em vez de somente os atores contracenarem entre si, o público também fará parte da montagem aberta na história de Para Mahal, inspirada na obra “Tu não te moves de ti”, da escritora Hilda Hilst. A incerteza da escrita da autora se soma a uma encenação que fortalece um sentimento sobre qual destino terá cada ato, cada movimento da trama. Esse é o diferencial da montagem.

Para Mahal é a mais recente montagem do Coletivo Tombado, grupo que investiga as possibilidades da dramaturgia aberta desde 2011, quando encenaram Para onde vão os trens?,inspirado também na obra Tu não te moves de ti, de Hilda Hilst. A dramaturgia aberta é uma poética que permite a flexibilização do texto e a ampliação dos atuantes no jogo cênico. A partir da interação com o público, surge necessariamente um ‘novo’ texto cênico originado da resposta do espectador.

Para Mahal é concebido por uma mescla de linguagens: literária, cênica, musical e audiovisual, com projeções e captação ao vivo. E não é só o espectador presencial que participará do espetáculo. A peça também será transmitida via internet e o internauta poderá participar da dramaturgia por meio de um chat. “O ponto de partida é o estímulo para participação da plateia. O que ocorre depois é resultado do jogo de interpretação dos atores com os espectadores”, explica Márcio Menezes, diretor do espetáculo e coordenador do Coletivo Tombado.

Além desses aspectos, o grupo investe em experimentação artística com parceria de outros artistas e coletivos, como o CEDA (Centro de Estudos de Dramaturgia Aberta), o Sistema Criolina (discotecagem), o ME VER (Tecnologia da Informação, Interatividade e Videoarte), Mateus Ferrari, Lucas Muniz e Hélio Miranda (música ao vivo) e Raquel Rosildete (Arquitetura e Designer de Luz).

“A montagem desse espetáculo, genuinamente brasiliense, promove ações de difusão das artes cênicas produzidas na capital. O Coletivo Tombado investe na descoberta de novos percursos cênicos, a partir da criação de obras abertas e relacionais”, comenta Márcio Menezes.

Serviço: Para Mahal – Coletivo Tombado
1o de maio – Feriado do Dia do Trabalhador -17 horas
2 e 3 de maio – 19 horas
Metrô Terminal Samambaia – Plataforma superior
Entrada Franca

11 a 15 de maio – 20 horas
Teatro Newton Rossi – Sesc Ceilândia
Entrada Franca

24 a 26 de maio – 21 horas
Barco Laguna Flutuante
SCES Trecho 2 Lote 25 – Na orla da Ponte JK
Ingresso: R$ 15,00 (meia-entrada) e R$ 30,00 (inteira)
Sujeito à lotação
Informações: Whatsapp (21) 99265-4242.