O Prêmio Funarte Artes Visuais 2020/2021 propôs um edital para mostras cuja abordagem traria um diálogo entre o patrimônio histórico da cidade do Rio de Janeiro e o brasileiro, sobretudo nas artes visuais, arquitetura e espaços urbanos. Quem levou o primeiro lugar foi a exposição Pares Díspares de Giovanna Nucci, que aporta na Galeria Fayga Ostrower do Complexo Cultural Funarte de 12 de novembro a 12 de dezembro com entrada franca.
Um conjunto de trinta fotos são apresentadas em quinze pares, compostos por uma imagem do Rio de Janeiro e outra de São Paulo, em um diálogo entre os patrimônios históricos das duas cidades, que mesmo diferentes, têm semelhanças em muitos aspectos, como no filme “Tão longe, tão perto” de Wim Wenders.
O projeto tem curadoria do crítico de arte Enock Sacramento, coordenação de Ely Iutaka e montagem de Hiro Kai. Depois da exibição na Funarte Brasília, “Pares Díspares” segue para a Galeria de Fotos da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) de 22 de fevereiro a 1º de maio de 2022.
“O processo criativo dessa série teve início há quinze anos, quando Giovanna Nucci colocou lado a lado fotografias de um detalhe da escultura do Cristo Redentor, do Rio de Janeiro – criação conjunta do engenheiro Heitor da Costa Silva e dos artistas plásticos Carlos Oswald e Paul Landowski –, com a de uma figura do Monumento das Bandeiras, do escultor Victor Brecheret, de São Paulo” Conta Enock Sacramento. “A fotografa optou, desde o início, pelas imagens em preto e branco, o que conferiu à série uma potente carga expressiva”. Destaca o curador.
Além de proporcionar esse diálogo entre duas esculturas ícones do Rio de Janeiro e de São Paulo, Giovanna Nucci relacionou, com suas fotografias, os aeroportos Santos Dumont e Congonhas; os Arcos da Lapa e os da Rua da Jandaia; o Gabinete Português de Leitura do Rio com a Biblioteca da Universidade Mackenzie, de São Paulo; o desenho curvilíneo das calçadas da orla de Copacabana com as curvas do Edifício Copam paulista; os estádios Maracanã e Pacaembu; as arquiteturas contemporâneas do Museu do Amanhã, carioca, e da Japan House, paulista; as torres do relógio da Central do Brasil e da Estação da Luz; as arquiteturas do MAM/RJ e do MAM/SP; os teatros municipais das duas cidades; e assim por diante.
Exposição “Pares Díspares” de Giovanna Nucci
Galeria Fayga Ostrower (Complexo Cultural Funarte Brasília – Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural – Entre a Torre de TV e o Centro de Convenções)
De 12 de novembro a 12 de dezembro, de quarta a domingo das 11 às 19 horas
Entrada franca
Classificação: Livre
Informações: www.gov.br/funarte
