Mostra celebra o Patrimônio Imaterial Brasileiro na Caixa Cultural.

Ritual Yaokawa do povo indigena Enawene. Divulgação.
Ritual Yaokawa do povo indigena Enawene. Divulgação.

A mostra Patrimônio Imaterial Brasileiro – A Celebração Viva da Cultura dos Povos ocupa a Caixa Cultural de 27 de janeiro a 27 de março. O público vai conferir 38 bens culturais do País catalogados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo cinco deles declarados Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

Por meio de recursos audiovisuais e interatividade, em ambientes recriados e textos didáticos, o público poderá conhecer e vivenciar os bens culturais brasileiros divididos em quatro categorias – Saberes, Lugares, Celebrações e Formas de Expressão.

Roda de Capoeira.
Roda de Capoeira.

A mostra, que já passou por Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Recife e São Paulo, chega a Brasília ampliada. A primeira exposição abriu com 30 bens culturais declarados patrimônio imaterial. Ao desembarcar na capital federal, serão 38. Isso porque o Iphan ampliou o Registro de bens culturais do país, tornando a exposição dinâmica e viva, enriquecendo ainda mais o conteúdo do acervo.

Baianas do acarajé.
Baianas do acarajé.

Fazem parte da mostra, os bens imateriais registrados no Brasil em âmbito nacional: o Ofício dos Mestres de Capoeira e a Roda de Capoeira. Regionalmente, o Teatro de Bonecos do Nordeste, o Cassimiro Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo e Calunga, do Rio Grande do Norte; Babau, da Paraíba; e Mamulengo, de Pernambuco. Do Amapá, a Arte Kusiwa – pintura corporal e arte gráfica Wajãpi. Do Amazonas, a Cachoeira de Iauaretê – lugar sagrado dos povos indígenas dos rios Uaupés e Papuri – e o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro. Da Bahia, o Ofício das Baianas de Acarajé, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano e a Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim. Do Espírito Santo, o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras.

De Goiás, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis. Junto com Tocantins, Goiás compartilha os patrimônios Rtixòkò – expressão artística e cosmológica do Povo Karajá – e os Saberes e Práticas Associados aos Modos de Fazer Bonecas Karajá. Do Maranhão, o Complexo Cultural do Bumba-meu-Boi do Maranhão e o Tambor de Crioula do Maranhão. Minas Gerais contribui para o patrimônio imaterial com o Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas regiões do Serro e serras da Canastra e do Salitre, o Toque dos Sinos e o Ofício dos Sineiros. Minas Gerais divide com São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, o Jongo do Sudeste.

Festa do Divino de Pirenópolis.
Festa do Divino de Pirenópolis.

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul têm registrado como bem cultural o Modo de Fazer Viola-de-Cocho. E, somente, o Mato Grosso registra o Ritual Yaokwa do Povo Indígena EnaweneNawe. No Pará, fazem parte do patrimônio o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, as Festividades de São Sebastião na Região do Marajó, o Carimbó e o Modo de fazer Cuias no Baixo Amazonas. No Paraná e São Paulo, compartilham o Fandango Caiçara. Em Pernambuco, a Feira de Caruaru, o Frevo, o Maracatu Nação, o Maracatu de Baque Solto e o Cavalo Marinho. No Piauí, a Cajuína. No Rio Grande do Norte, a Festa de Sant’Ana de Caicó.

O Rio de Janeiro também marca presença com a Festa do Divino Espírito Santo de Paraty e as Matrizes do Samba no Rio de Janeiro – partido alto, samba de terreiro e samba-enredo. Sergipe tem o Modo de Fazer Renda Irlandesa. E o Rio Grande do Sul completa a lista com a Tava, lugar de referência para o povo Guarani.

Capoeira. Foto: Pierre Verger.
Capoeira. Foto: Pierre Verger.

O Samba de Roda do Recôncavo Baiano, a Arte Kusiwa – pintura corporal e arte gráfica Wajãpi, Frevo, Círio de Nossa Senhora de Nazaré e a Roda de Capoeira são os bens reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

A mostra foi idealizada pela relações públicas Fernanda Pereira, o produtor cultural Luiz Prado e a pesquisadora e escritora Mirna Brasil Portella e tem curadoria de Luciano Figueiredo.

Jongo.
Jongo.

Serviço: Exposição “Patrimônio Imaterial – A Celebração Viva da Cultura dos Povos”
Visitação: De 27 de janeiro a 27 de março, de terça a domingo, das 9h às 21h
Local: Caixa Cultural Brasília – Galeria Principal (SBS, Quadra 4, Lotes 3/4 – Asa Sul)
Telefone: (61) 3206-9448
Entrada Franca
Classificação indicativa: Livre.