Renato Acha
O Porão do Rock chegou à sua 14ª edição de cara nova. O maior festival de rock da capital ganhou um novo viés ao investir em bandas independentes e abrir o leque de atrações para a diversidade musical. O mainstream deixou de fazer a cabeça do evento, até porque a grande maioria das grandes bandas nacionais e alguns convidados internacionais já se apresentaram nos palcos do Porão. O circuito indie dominou o line up, o que gerou divergências na opinião do público que prestigiou os três palcos montados no Complexo do Ginásio Nilson Nelson.
A edição de 2011 ficou marcada pela ampla gama de opções, que contemplaram diversas vertentes musicais. Um nítido exemplo disto foi a apresentação do bandolinista Hamilton de Holanda acompanhado por uma trupe de virtuoses, como André Vasconcellos (baixo), Daniel Santiago (violão / guitarra / arranjos), Gabriel Grossi (harmônica), Márcio Bahia (bateria). A participação de Frango e dos outros integrantes da banda Galinha Preta apimentou ainda mais o palco. Os músicos se sentiram muito à vontade e agradaram muito uma platéia atenta.
Outras atrações deste ano foram as bandas americanas Helmet, Jon Spencer Blues Explosion e The DT’S, os argentinos do The Tormentos e a banda escandinava Symfonia. Das bandas brasileiras se destacaram: Copacabana Club (PR), DeFalla (RS) Cidadão Instigado (CE), Brollies & Apples (RJ), Dead Fish (ES), Camarones Orquestra Guitarrística (RN) e Lucy & Popsonics e Totem (DF), entre outras. Um verdadeiro caldeirão formado por ingredientes diversos e complementares.
O Porão 2011 se expandiu para além de Brasília com shows em Goiânia, São Paulo e Buenos Aires, ações que funcionam como veículo para a difusão da marca Porão do Rock e que prometem render bons desdobramentos nas próximas edições, sempre surpreendentes e bem vindas.
