Referência Galeria ganha nova sede na Babilônia Norte.

Dadada parece Camus, de Gê Orthof. Divulgação.
Dadada parece Camus, de Gê Orthof. Divulgação.

A nova sede da Referência Galeria de Arte será aberta na comercial da 205 Norte no sábado (18 de outubro), às 17 horas, com a abertura da mostra HA-gaz-AH, do artista plástico Gê Orthof, com curadoria de Marília Panitz. A exposição reúne a mais recente produção do artista e ficará em cartaz até o dia 22 de novembro.“Vir para a Asa Norte era uma demanda antiga de nossos clientes”, conta Onice Moraes, que ao lado do sócio Paulo Oliveira, optou pela endereço conhecido como Babilônia Norte, devido à intensa movimentação cultural e concentração de ateliers de artistas. Prestes a completar 19 anos, a Referência inaugura uma nova etapa em sua trajetória. “Procuramos um novo modelo de negócio que nos permitisse oferecer aos nossos clientes um atendimento mais especializado e ao mesmo tempo trabalhar a divulgação dos artistas que representamos”, afirma Onice.

Com esta nova proposta, desde o início do ano, a Referência realizou projetos especiais, como a mostra Galeno – Uma Nova Direção: Estripulias, do artista plástico Francisco Galeno, no Museu Nacional dos Correios de Brasília, com curadoria de Ralph Gehre. Além disso, em junho, a galeria participou da 1ª edição do SP-Arte/Brasília. Em novembro, estará presente também na Feita Parte, no Paço das Artes, em São Paulo, com novos trabalhos de artistas de seu acervo. “Vamos levar para a Feira Parte os trabalhos de artistas da cidade que têm reconhecimento no cenário nacional, como Virgílio Neto, André Santangelo, Ralph Gehre, Pedro Ivo Verçosa, Galeno, David Almeida, Clarice Gonçalves e Gê Orthof, além de Alex Cerveni e Paulo Whitaker”.

HA-gaz-AH é o mais novo trabalho do artista plástico Gê Orthof. A série, formada por objetos, desenhos, mapa e uma instalação, traz para o centro da discussão as relações resultantes da opressão e do fim do diálogo. “De um lado, temos o fósforo, do outro, a ignição e, no centro, o explosivo”, afirma Gê Orthof, que vê na opressão a impossibilidade da conversa e, portanto, o aumento inerente da tensão entre vizinhos e fronteiras. Fahrenheit 451, pelo olhar de François Truffaut, encontra o noticiário político mundial e o conflito entre Israel e os palestinos na Faixa de Gaza. O que antes era permitido passa a ser proibido. Tudo acontece aos olhos do expectador em função de um devir.

Marilia Panitz, curadora da mostra, ressalta que este trabalho é o resultado de um desdobramento em processo. Em 2001, logo após o ataque às torres gêmeas, em Nova York, Gê Orthof voltou de um período de estudos nos Estados Unidos impactado pelo acontecimento. Logo, produziu a série Gentil Reversão, com uma poética pautada pela política. Agora, em HA-gaz-AH, ele retorna ao tema com uma poética potencializada que se transforma em um manifesto.

Para a mostra, foram selecionados seis desenhos, objetos instalados em caixas de acrílico e pequenas intervenções e elementos que fazem uma ponte entre esta nova série e os trabalhos pré-existentes. O ponto central é o chamado Mapa da Instalação. Um painel de técnica mista – que reúne aquarela, desenho e colagem – dá as coordenadas para o início do trabalho. “A criação desse mapa é inerente ao trabalho do Gê e serve como um mote que vai deslizar pela exposição”, afirma a curadora.

Dadada parece Tavares, de Gê Orthof. Divulgação.
Dadada parece Tavares, de Gê Orthof. Divulgação.

Serviço: HA-gaz-AH, de Gê Orthof
Inauguração: 18 de outubro (sábado), a partir das 17 horas
Visitação: Até 22 de novembro
De segunda a sábado, das 12 às 19 horas
Local: Referência Galeria de Arte (CLN 205 – Bloco A – Loja 9 – Primeiro pavimento)
Telefone: (61) 3361-3501 e (61) 8162-3111
Entrada franca
Classificação indicativa: Livre.