Os artistas visuais Raísa Curty e Ale Gabeira falam sobre o projeto Residência Artística Móvel no Elefante Centro Cultural.

15 de julho.

Descobrimento do Brasil. Divisa ES BA. Arquivo pessoal.

Como foco do trabalho, os artistas visuais Raísa Curty e Ale Gabeira escolheram o caminho a ser percorrido. Cada um em uma bicicleta, os dois decidiram, em 2015, descobrir novas imagens a partir do deslocamento por diferentes locais do país. Nascia então a Residência Artística Móvel, um projeto de pesquisa em processos criativos nômades. Em cada parada, longe dos grandes centros artísticos, uma obra de arte surge a partir da interação com o público e com o ambiente.

Em Brasília, eles estacionaram na Marquise da Funarte com a exposição Remanso e também no Elefante Centro Cultural. No espaço, intensificaram o processo de troca, compartilhamento e criação com o artista residente, Matias Mesquita, além da curadora e coordenadora Cinara Barbosa.

No sábado, 15 de julho, Raísa e Ale realizam no Centro cultural uma pequena mostra com fotos, vídeos e serigrafias sobre o projeto Residência Artística Móvel e a relação com o espaço. O diálogo entre o ambiente e o trabalho dos artistas é algo recorrente e marcante na trajetória dos dois. Além disso, eles convidam artistas, pesquisadores, curadores, críticos e interessados para um bate-papo sobre as obras, o processo criativo e a jornada que iniciaram em 2015.

Os artistas visuais cariocas Ale Gabeira e Raísa Curty já pedalaram dois mil quilômetros entre rodovias, estradas de barro e praias com o projeto Residência Artística Móvel. Espírito Santo, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Alagoas são os estados visitados. O trabalho dos dois se apropria do legado de artistas dos anos 60 e 70 como Bas Jan Ader e suas viagens pelo oceano, de Robert Smithson que encontra em lugares distantes da galeria uma estimulante superfície para inserção de suas obras e de Hélio Oiticica com seu conceito de arte como a criação de uma possibilidade de vida.

Atualmente, os dois participam da exposição Remanso, na Marquise da Funarte, com a instalação Alvorada Nordestina. Os artistas visuais realizaram as redes de dormir na cidade de Boqueirão, na Paraíba, em colaboração com os artesãos do Sítio Tabuado, distrito tradicional na tecelagem de redes e tapetes. Durante a expedição Alvorada Nordestina, de João Pessoa a Maceió, Raísa e Ale também realizaram a série #SETEFIGAS, com pinturas e montagens utilizando materiais naturais encontrados nos lugares por onde passaram.

Serviço: TALK | Residência Artística Móvel + Elefante Centro Cultural
Data: 15 de julho (sábado) às 18 horas
Local: Elefante Centro Cultural (SCLRN 706, Bloco C, Loja 45 – Asa Norte)
Entrada gratuita.