O filme “Rock Brasília – A Era de Ouro” abriu o Festival de Cinema com muita emoção.

Vladimir Carvalho. Foto: Marcelo Dischinger.

Renato Acha

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro teve abertura na segunda (26 de setembro) com a disputada exibição hors concours do filme Rock Brasília – A Era de Ouro, uma homenagem à geração que celebrizou a capital do rock. Antes da exibição, os convidados puderam assistir à apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (OSTNCS), sob regência do maestro Cláudio Cohen, que executou a composição Brasília, de autoria de Renato Vasconcellos e uma belíssima versão para Eduardo e Mônica, do Legião Urbana.

Maestro Claudio Cohen. Foto: Marcelo Dischinger.

Em seguida a equipe de Rock Brasília subiu ao palco para um emocionante discurso do diretor Vladimir Carvalho e do produtor Marcos Ligocki.

“Percebi que havia história no movimento desses rapazes porque eles estavam voltando a Brasília depois de tocar em várias cidades brasileiras. Comecei a gravar os shows que aconteciam na Foods, na UnB e a gravar entrevistas com esses garotos. Isso ficou guardado por mais de 20 anos. A minha sorte é que não estragou”, desabafou Vladimir.

O filme reúne um vasto material compilado ao longo de décadas, como depoimentos dos músicos, da Turma da Colina e de parentes dos artistas envolvidos na inserção de Brasília na cena musical nacional. O cineasta registrou os momentos  iniciais das bandas, além de entrevistas com seus integrantes nos anos de 1987 e 1988.

Marcos Ligocki. Foto: Marcelo Dischinger.

O público que lotou a Sala Villa-lobos se emocionou com as histórias entrelaçadas pela criatividade do diretor e também jornalista Vladimir Carvalho, um baluarte que já participou de diversas edições do Festival e que tem na memória cultural da cidade um foco importante na condução de sua obra. Prova disto foi o impacto que o filme causou nos presentes e a força da memória documental de um movimento que pertence à gênese da propagação da cultura produzida na capital.

Carmem Manfredini. Foto: Marcelo Dischinger.

O longa traz depoimentos históricos de pessoas que integraram o movimento que transformou a forma como a cidade e seus artistas passaram a ser vistos. Nomes como Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, do Legião Urbana; Dinho Ouro Preto, Fê e Flávio Lemos, do Capital Inicial; e Philippe Seabra, do Plebe Rude, além de Briquet de Lemos, Silvia Seabra, Carmem Manfredini, Paralamas do Sucesso, Jimi Figueiredo, Jesus Pingo, Hermano Vianna, General Newton Cruz, Carlos Marcelo, Mayrton Bahia, José Emílio Rondeau, Caetano Veloso, Marcelo Castello Branco, Carlos Trilha, entre outros que integraram a alquimia rocker do diretor.

Um registro raro sob um olhar sensível que promete agradar a um público de diversas idades. O filme estreia nos cinemas neste mês de outubro e deve chamar a atenção dos brasileiros como um documentário fundamental para se conhecer parte da história do rock nacional.

A cantora Célio Porto, o governador do DF Agnelo Queiroz e esposa Ilza Queiroz, o músico Rênio Quintas e o Secretario de Cultura do DF, Hamilton Pereira. Foto: Marcelo Dischinger.
O apresentador e ator José de Abreu. Foto: Marcelo Dischinger.
O performer Vanderlei Costa causa com seus looks absurdos. Foto: Marcelo Dischinger.
Giuliano Manfredini. Foto: Marcelo Dischinger.
Flávio e Fê Lemos. Foto: Marcelo Dischinger.
Loro Jones. Foto: Marcelo Dischinger.
Silvia Seabra, Philipe Seabra e Frango (Banda Galinha Preta). Foto: Renato Acha.
Gherardo e Antonella La Francesca (Embaixada da Itália). Foto: Renato Acha.
O diretor e performer Rogério Quintão. Foto: Renato Acha.
Vladimir Carvalho e Marcos Ligocki. Foto: Renato Acha.