Rodrigo Sassi expõe esculturas e gravuras na Caixa Cultural.

De 27 de janeiro a 27 de março.

Divulgação.
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A mostra Prática Comum Segundo Nosso Jardim, de Rodrigo Sassi, ocupa as Galerias Piccola I e Piccola II e o Jardim das Esculturas da Caixa Cultural, de 27 de janeiro a 27 de março. A exposição traz esculturas e gravuras com a mais recente produção do artista. Elas estabelecem um diálogo entre os moradores e as cidades, tendo o concreto e outros materiais da construção civil como matéria prima.

Arquitetura, arte, processo criativo e sustentabilidade se fundem e se transformam em construções ditadas pelo imaginário do artista, livres de regras ou padrões pré-determinados. A cidade e as pessoas que a habitam são o ponto de partida da narrativa de Rodrigo Sassi. Suas obras refletem uma poética calcada na vida diária nos grandes centros urbanos, onde os corpos se movem pelas ruas sinuosas e convivem com a onipresença do concreto das construções finalizadas, inacabadas ou em curso.

Nas 10 obras que compõem a mostra, Rodrigo Sassi apresenta o ente inanimado em oposição ao orgânico e o elo de ligação entre os dois, as sobras e os rejeitos das construções. As obras que compõe a mostra “Prática comum segundo nosso jardim” surgem a partir de formas de concreto armado, que no canteiro de obras tem função específica, e aqui tem exclusivamente uma escolha estética.

As esculturas de grandes dimensões, algumas podendo medir até 6 metros de comprimento, são leves e elegantes, apesar de serem feitas em concreto armado. Suas formas orgânicas e suaves propõem uma reflexão sobre a relação do morador com a cidade. Essa experiência levará a uma leitura individual da obra, além das analogias mais óbvias, onde tanto as esculturas podem ser vistas como um desenho arquitetado no espaço, quanto as gravuras que mesmo bidimensionais aludem questões de espaço e volume.

Desde 2013, Rodrigo tem experimentado o aproveitamento de materiais utilizados em suas obras para desenvolver outros projetos, “criando um eixo de ligação entre eles”, afirma Juliana Monachesi. A pesquisa, que começou nas ruas, seguiu para o ateliê, onde o que era tridimensional, as esculturas, abriu espaço para o bidimensional, as gravuras e suas matrizes. As sobras da madeira utilizada para fazer as esculturas serviram para a confecção de matrizes para monotipias e xilogravuras. “O trabalho ganhou uma dimensão intimista sem perder a conexão com o conceito, tendo nas matrizes sua ponte entre esses dois mundos – o bidimensional e o tridimensional”, explica a curadora.

A construção conceitual da produção artística de Rodrigo Sassi surge ainda no final da adolescência com o grafite e suas intervenções urbanas. A forte relação com as ruas o levou a perceber o concreto não apenas como matéria, mas como elemento quase que essencial na estruturação do habitat e, consequentemente, na estruturação de uma sociedade, sendo assim o artista explora o concreto como forma de interação com as pessoas.

Na obra de Sassi, paulistano de 34 anos, formado em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) em 2006, a arquitetura e a construção civil não chegam a ser uma inspiração e sim, um meio com o qual relaciona sua obra. Seu interesse está voltado para a questão formal de produção, em especial, a partir do momento em que o concreto se torna um material de pesquisa que pode gerar formas e possibilidades de criar contrapontos e permitir que nos relacionemos com esse elemento de formas diferentes.
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Serviço: Prática comum segundo nosso jardim, de Rodrigo Sassi – Esculturas e gravuras
Visitação: De 27 de janeiro a 27 de março
De terça-feira a domingo, das 9 às 21 horas
Local: Caixa Cultural Brasília – Galerias Piccola I e II e Jardim das Esculturas (Setor Bancário Sul, Quadra 4, Lotes 3/4)
Informações: (61) 3206-9448
Entrada franca
Classificação indicativa: Livre.