Ativismo impulsionou programação do Sai da Rede no CCBB.

30 de junho e 1 de julho.

Fotos: Jacqueline Lisboa.

O Festival Sai da Rede movimentou a área externa do CCBB no último fim de semana. Na pauta o empoderamento feminino, igualdade de gênero e social, luta contra o racismo, a intolerância religiosa e a xenofobia no canto, na fala e na arte de jovens politizados.

Confirmados para a edição brasiliense do Festival, Luedji Luna, cantora e compositora soteropolitana e radicada em São Paulo, é uma das fundadoras do Palavra Preta, mostra que reúne compositoras e poetisas pretas de todo o Brasil; Já Almério, cantor pernambucano de timbre e interpretação andrógenos, tem um trabalho que se debruça sobre composições de conterrâneos.

Além destas duas firmes promessas da MPB, Baco Exu do Blues, Muntchako, Attoxxa e Rincon Sapiência compõem o rol de artistas que subiram ao palco do Festival, que trouxe ainda bate-papo com o Choque de Cultura e palestra com Clara Averbuck, Alexandra Gurgel e Rosa Luz, vozes ativas no empoderamento feminino e transgênero no painel Mulheres na Web.

No audiovisual, curtas e longas apresentaram temas periféricos, como no aclamado e premiado “Branco Sai, Preto Fica”, que investiga injustiças de cor e raça, “Canção do Asfalto” no que tange a indiferença social aos imigrantes, e “Eles Voltam” sobre o abandono de menores.

O Sai da Rede traça um panorama jovem da cultura brasileira que ganha o mundo através das inúmeras ferramentas e canais da internet. Estreou em 2011, com atrações como Tulipa Ruiz, Gabi Amarantos e Tiê. Ao final do giro deste ano, o Festival chega à sua 12ª edição. A curadoria é feita à quatro mãos, pelos cariocas Amanda Menezes e Pedro Seiler.