Museu Histórico de Planaltina revive os anos 80 com série de saraus

Até 25 de novembro.

Pilado de Barbatão. Divulgação.

Saraus são espaços férteis de criatividade e descolados do mundo elitizado da arte. Sendo assim, abertos à experimentação e, por sua vez, importantes motivadores de jovens talentos. De caráter popular e regionalizado, os saraus transformam-se em ativos pontos de encontro e de troca informal de saberes através da arte.

Assentado no coração do Centro Histórico de Planaltina, o Museu Histórico e Artístico de Planaltina, na década de 1980, foi palco de intensa agitação cultural. Ocupando um casarão centenário e tombado como patrimônio cultural do DF, desde 1986, o MHAP abria os portões do seu quintal para apresentações de representantes da cena cultural do DF do Entorno e de outros Estados.

Mamulengo e Kejim do Forró. Foto: Maria Ribeiro.

E é para reviver estes momentos que a AACHP – Associação dos Amigos do Centro Histórico de Planaltina promove a série Sarau do Museu – Como nos Tempos do Quintal. Por conta da quarentena imposta pela pandemia de Covid-19, os saraus serão registrados em vídeo e disponibilizados, e abertos a interações, em plataformas digitais e nas redes sociais.

Para a organização, insistir na concretização deste projeto, mesmo em dias de confinamento, reafirma as razões de serem dos Saraus. “Essas manifestações culturais explicitam a sociedade como protagonista e expressam, para o público, pensamentos, impulsos e emoções contemporâneos, inspirados na cultura e no mundo”. Em razão disso, reforça: “os saraus são de extrema relevância na construção social do estado democrático”.

Guerra de Flow.

Planaltina, com seus mais de 200 anos de história, cultura e memória próprias, tem muito a mostrar. Neste sentido a gravação e publicação das expressões artísticas locais em vídeo “concebe um meio de preservar e difundir a cultura tradicional da localidade e seus diálogos com a moderna, advinda com a construção de Brasília”, justifica a equipe organizadora.

Entre as expressões artísticas trazidas pelo projeto, estão: lançamentos literários, exposição de artes visuais e artesanato, poesia, música, cinema, memória, roda de conversa, performance, dança e teatro. A programação será veiculada, nas quartas-feiras de outubro e novembro, no canal do YouTube (acesse), e na Fanpage do Facebook (acesse). Pílulas do que será veiculado e toda a programação podem ser acompanhadas no Instagram (acesse).

Dani Di Paula.

Apresentam-se pelo projeto: Mamulengo sem Fronteiras; Keijin do Acordeon e Forró do Cerrado; Dani di Paula; Banda MMaRRul; Pilado de Barbatão; Daren; Caster Boorges e Trio; Cia Transições de Dança; Casa de Lafond; DJ Mica, Marcos Maciel Viola, Cantorios e Catira; Pedro Guian; e Guerra do Flow.

Casa de Lafond.

AACHP, cuja missão é preservar o patrimônio material e imaterial da região, recebeu, com as atividades do Projeto Sarau do Museu – Como nos Tempos do Quintal, o título de Ponto de Memória pelo IBRAM/Museus/MinC e de Ponto de Cultura do Distrito Federal pela SECEC DF. Uma vez que resgata a memória da época e onde ocorriam os saraus com poesia, música, cinema e exposições. Reviver estes momentos estreita laços entre as gerações passada e a presente das artes e familiares inseridos num momento emoldurado por arte.

Sarau do Museu – Como nos Tempos do Quintal é uma realização da Associação dos Amigos do Centro Histórico de Planaltina, com patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do DF, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do GDF, e apoios da Rádio Utopia FM e da Administração Regional de Planaltina.

Programação:

Outubro:

Dia 14, quarta-feira: “Mamulengo + Kejim do Forró”

Dia 21, quarta-feira: “Casa de Lafond”

Dia 28, quarta-feira: “Marcos Maciel + Pilado de Barbatão”

Novembro:

Dia 4, quarta-feira: “Caster Boorges Trio + Dani di Paula”

Dia 11, quarta-feira: “Banda MMaRRul + Banda Daren”

Dia 18, quarta-feira: “Cia de Dança Transições + DJ Mica”

Dia 25, quarta-feira: “Pedro Guian + Guerra de Flow”