Por Renato Acha e Rodrigo Machado
O Satélite 061 – 24hNoAr chegou a sua quarta edição e se firmou com um dos principais Festivais arte e cultura independentes do Brasil.
As escolhas da curadoria do Festival se mostraram acertadas em razão do diversificado e numeroso público, que marcou presença e prestigiou a música independente e cultura autoral, marcas registradas do evento.
Outro grande acerto desta edição e que não podemos deixar de comentar, foi a escolha da produção em realizar os shows na área externa da Torre de TV e os espetáculos cênicos no Teatro Garagem, do Sesc.
Importante polo cultural e turístico brasiliense, a Torre de TV serviu, inclusive, como palco para a realização de outras atividades da programação. Onde, no final de semana dos dias 26 e 27 de setembro, mais de 32.000 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, curtiram tudo de graça.
A extensa programação desta IV Edição do Festival foi marcada pela participação de artistas vindos da Bahia, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Espanha e Haiti.
A qualidade dos equipamentos de luz e som foi um dos pontos altos, de forma a prestigiar novos e criativos talentos da cidade que se apresentarem, numa programação que intercalou músicos de fora e gente de Brasília, o que deixou claro para todos o igual tratamento aos grandes e aos nomes em ascensão.
O evento uniu artistas e público em um clima de festa, com zero de ocorrência policial. Receptivo, o público foi ao delírio com as apresentações e surpreendeu artistas com as letras na ponta da língua. O Satélite 061 contou ainda com uma disputada pista de dança, o Palco Radiofusão, repleto de atrações de peso da música preta.
Vale lembrar que o diálogo com e espaço da Torre de TV e seu público familiar foi o mote de uma programação cuidadosa que privilegiou diversas gerações. Sua localização, próxima aos hotéis, atraiu inclusive a presença espontânea de turistas.
Com isso, o Satélite 061 – 24hNoAr se consolida com um vento de qualidade que presa pela formação de um público com senso estético e crítico apurados. Rica iniciativa que se deu graças aos patrocínios da Petrobras e da Fundação Palmares e a realização da Ossos do Ofício Confraria das Artes.
E Brasília, podem ficar tranquila que o afinado time de produção e curadoria já está a postos e preparando a V Edição do Festival. Nós do Acha Brasília já estamos ansiosos.
