Série Teatro #EmCasaComSesc apresenta trabalhos de Caco Ciocler, Fabiana Gugli e Soraya Ravenle

De 9 de julho a 2 de agosto.

Caco Ciocler. Foto: Caio Gallucci.

O Sesc São Paulo promove desde maio a série Teatro #EmCasaComSesc, com a transmissão de diferentes trabalhos cênicos, direto da casa dos artistas, sempre às segundas, quartas, sextas e domingos, às 21:30. As transmissões ocorrem via YouTube e Instagram

Nesta semana, o público confere os monólogos Medusa, com Caco CioclerTerra em Trânsito, interpretado por Fabiana Gugli, e Instabilidade Perpétua, com Soraya Ravenle.

Na quarta (29) o ator Caco Ciocler encena Medusa. Originalmente, o solo forma parte do espetáculo Fluxorama, com direção de Monique Gardenberg e texto de Jô Bilac, composto por quatro peças curtas – AmandaJosé GuilhermeValquíria e Medusa, esta última sugerida por Gardenberg ao autor quando convidada para dirigir a primeira encenação. No texto, Caco Ciocler interpreta a tentativa desesperada de um homem de meditar em meio ao caos urbano. Ao tentar esvaziar a mente, a questão do sentido na vida se coloca em seu caminho. A peça oferece uma reflexão, ora cômica, ora dramática, a respeito do homem contemporâneo e sua existência num mundo em aceleração.

Fluxorama surge de um processo de investigação da dramaturgia performativa e toma o ato de pensar como ponto de partida para a criação. A narrativa é constituída sob a ótica de personagens que vivenciam situações-limite, tornando-se reféns do fluxo de seus pensamentos e memórias, num curso ininterrupto de consciência.

Fabiana Gugli. Foto: Isabela Carvalho.

Fabiana Gugli encena na sexta (31) Terra em Trânsito, espetáculo dirigido por Gerald Thomas e com a participação de Marcos Azevedo. A peça narra a história de uma cantora de ópera que se encontra dentro de um camarim em processo de concentração, aquecimento e delírio. Ela conversa o tempo todo com um cisne e alimenta o animal, com a intenção de fazer foie gras. O texto, uma homenagem a Glauber Rocha, é lúdico, verborrágico e nos remete ao universo das grandes estrelas atormentadas, como Judy Garland ou Bette Davis. Nervosa o tempo todo, a diva se ajeita no espelho, fala pelos cotovelos, arruma o cabelo, o figurino, aquece a voz, dança e divaga sobre o mundo e a vida.

Soraya Ravenle. Foto: Roberto Peixoto.

No domingo (2 de agosto), a atriz Soraya Ravenle apresenta Instabilidade Perpétua, seu primeiro solo teatral, baseado no livro homônimo do filósofo e poeta paulistano Juliano Garcia Pessanha. A obra, publicada em 2009, apresenta uma coletânea de ensaios filosóficos e historietas. Assinando a dramaturgia com Diogo Liberano, Soraya instiga o público com aspectos filosóficos da existência humana em sociedade, oferecendo ao espectador uma maneira de enxergar a vida através das próprias feridas. A encenação é o resultado de um processo colaborativo que contou com quatro diretoras: Julia Bernat e Stella Rabello, responsáveis por esta adaptação audiovisual, e que junto com Daniela Visco e Georgette Fadel formam o grupo de diretoras da encenação para o teatro.

Agenda Teatro #EmCasaComSesc 27 a 31 de julho, 21:30:

29/7, quarta: Caco Ciocler em Medusa

31/7, sexta: Fabiana Gugli em Terra em Trânsito

02/8, domingo: Soraya Ravenle em Instabilidade Perpétua