Centenário de Cortázar ganha seminário de literatura e mostra de filmes.

Julio Cortázar crédito Archivo General de la Nación
O centenário do argentino Julio Cortázar ganha destaque em dois eventos na cidade: o seminário internacional e a mostra de cinema Territórios de Cortázar – 100 anos, com entrada franca. Cortázar escreveu inúmeros contos, romances, poesias, foi tradutor e crítico literário renomado. Sua obra também inspirou vários cineastas.

A mostra de cinema vai de 9 a 12 de outubro no Cine Brasília. Nas telas o público vai ver clássicos como Blow up – Depois daquele beijo, de Michelangelo Antonioni (1966), e filmes contemporâneos, como o argentino Mentiras Piadosas (2009), de Diego Sabanés. As projeções dos filmes serão antecedidas pela leitura dos contos os inspiraram, feitas por atores locais especialmente selecionados para o projeto, sob a direção de Luciana Martuchelli.

Durante dois dias, na Universidade de Brasília, serão debatidos por escritores e professores universitários, brasileiros e argentinos, as diversas vertentes da obra de Cortázar: romance, conto e poesia. Também será abordada a relação íntima do escritor com o cinema e como sua obra inspirou outros artistas. Os conceituados Mario Goloboff, Noé Jitrik, Jaime Correas e Mariana Enriquez, da Argentina, assim como os ilustres brasileiros Eduardo de Faria Coutinho, Júlio Pimentel Pinto, Paulo Paniago, Antônio Miranda, Reinaldo Moraes, Sérgio de Sá, Sérgio Moriconi e José Luiz Martinez, compõem o painel de palestrantes.

Tendo em vista a vivência do autor por longos anos em terras francesas, a Embaixada da França se une ao projeto. Em sua sede, ainda no dia 8 de outubro, receberá os espectadores em clima festivo para a projeção do longa-metragem Fúria (1999), de Alexandre Aja, marcando o término do seminário internacional e o início da mostra de cinema. Como marco de todas as atividades, a Embaixada da Argentina publicará um livro em português incluindo as palestras, debates e projeções.

TERRITÓRIOS DE CORTÁZAR – 100 ANOS

De 7 a 12 de outubro.

– Dias 7 e 8 de outubro, a partir das 9h30, no Auditório Joaquim Nabuco – Faculdade de Direito, UnB: Seminário internacional de literatura. Entrada franca.

– Dia 8 de outubro, às 19h, no Espace Le Corbusier da Embaixada da França (SES Av. das Nações Quadra 801, lote 4): exibição do filme Fúria (1999), de Alexandre Aja, 100 min, classificação indicativa 12 anos. Entrada franca.

– De 9 a 12 de outubro, no Cine Brasília (EQS 106/107): Mostra de cinema Cortázar na Tela Grande. Entrada franca:

09/10, às 19h: leitura de A saúde dos doentes (Todos os fogos, o fogo, 1966) e A casa tomada (Bestiário). Exibição de Mentiras piadosas (2009), de Diego Sabanés.

10/09, às 19h: leitura do conto Manuscrito achado num bolso (Octaedro). Exibição de Jogo subterrâneo (2005), de Roberto Gervitz.

11/10, às 17h: leitura do conto Cartas de mamãe (Armas secretas). Exibição de La cifra ímpar (1961), de Manuel Antin. Às 19h30: leitura do conto A autoestrada do Sul (Todos os fogos, o fogo). Exibição do filme Week-end à francesa (1967), de Jean-Luc Godard.

12/10, às 17h: leitura do conto O perseguidor (As armas secretas). Exibição de O perseguidor (1962), de Osías Wilensky. Intervalo com apresentação do Quarteto de Jazz Alex Queiroz. Às 19h30: leitura do conto As babas do diabo (As armas secretas). Exibição de Blow-up – Depois daquele beijo (1966), de Michelangelo Antonioni.

www.facebook.com/100cortazar

SEMINÁRIO INTERNACIONAL TERRITÓRIOS DE CORTÁZAR – 100 ANOS

7 DE OUTUBRO

Local: Auditório Joaquim Nabuco – Faculdade de Direito – Universidade de Brasília

9h30: Café de abertura

10h: Abertura oficial com:

– Embaixador da República Argentina no Brasil, Luis Maria Kreckler.

– Secretário de Cultura do Governo do Distrito Federal, Hamilton Pereira.

– Reitor da Universidade de Brasília, Sr. Ivan Marques de Toledo Camargo.

– Diretor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília, Henrique Huelva.

– Diretora do Departamento de Teorias Literária, Ana Cláudia da Silva.

11h: Conferência inaugural de Noé Jitrik, crítico e literário argentino. Diretor do Instituto de Literatura Hispano-americana da Universidad de Buenos Aires.

15h: Mesa 1 – O romance de Cortázar, com:

– Mario Goloboff, escritor argentino e professor da Universidade Nacional de la Plata (Buenos Aires).

– Reinaldo Moraes, escritor (São Paulo).

– Eduardo de Faria Coutinho, professor de Literatura Comparada, UFRJ (Rio de Janeiro).

Mediação: Lucas Gioja, adido cultural da Embaixada Argentina no Brasil.

18h: Pausa café

19h30: Mesa 2 – Cortázar e o cinema, com:

– Sérgio Moriconi, cineasta e curador do Cine Brasília.

– Sérgio de Sá, jornalista e professor da Faculdade de Comunicação, UnB (Brasília).

– Laura Papa, roteirista e diretora do curta Os tempos mortos, inspirado no conto Casa tomada. Faculdade de Comunicação da UnB (Brasília).

Mediação: Lemuel Gandara, crítico literário e de cinema, pós-graduação Departamento de Teorias e Literatura – UnB.

8 DE OUTUBRO

Local: Auditório Joaquim Nabuco – Faculdade de Direito – Universidade de Brasília

9h30: Mesa 3 – Contos de Cortázar, com:

– Júlio Pimentel Pinto, professor Departamento de História, USP (São Paulo).

– Mariana Enriquez, jornalista e escritora (Buenos Aires).

– Paulo Paniago, escritor e professor de Jornalismo, UnB (Brasília).

Mediação: Lucia Helena Ribeiro Marques, Departamento de Teoria e Literaturas, UnB.

15h: Mesa 4 – Poesia de Cortázar, com:

– Antônio Miranda, escritor e professor da Faculdade de Ciência da informação e Documentação, UnB (Brasília).

– José Luiz Martinez, professor do Departamento de Teoria e Literaturas, UnB (Brasília).

– Jaime Correas, escritor e professor argentino (Mendoza).

Mediação: Erivelto da Rocha Carvalho, Departamento de Teoria e Literaturas, UnB (Brasília).

17h: Pausa café

19h: Embaixada da França (SES Av. das Nações Quadra 801, lote 4)

Leitura do conto Grafitti (Gostamos tanto da Glenda, 1980), que baseou o filme Furia.

Projeção de Furia, de Alexandre Aja (França, 1999).

21h: Coquetel celebrando final do seminário internacional e abertura do ciclo de cinema.

PALESTRANTES

Noé Jitrik

Crítico e literário argentino. Autor de várias obras, reconhecido internacionalmente. Diretor do Instituto de Literatura Hispano-americana da Universidad de Buenos Aires, onde dirige desde 1957 uma equipe de mais de 50 pesquisadores. Durante exílio no México, de 1974 a 1987, foi professor e pesquisador no El Colegio de Mexico e Universidade de Puebla, onde é Doutor Honoris Causa. Também foi docente na França, Venezuela e Estados Unidos e ganhou vários prêmios e títulos de renome internacional como o Chevalier des Arts et des Lettres e Premio Xavier Villaurrutia.

Mario Goloboff

Escritor e professor de literatura, nasceu em 1939 em Carlos Casares, Argentina. Advogado de formação, publicou seu primeiro livro de poemas Entre la diáspora e outubro em 1966. Em 1973, foi convidado pela Universidade de Toulouse-Le Mirail (Toulouse, França) para ser professor da cadeira de Civilização e Literatura Hispano-americana, continuou ensinando nesse país em outras universidades (Paris, Nanterre, Reims) até 1999. Em 1976, publicou seu primeiro romance, Caballos por el fondo de los ojos. Seus textos foram traduzidos em vários países e idiomas (francês, inglês, italiano). Desde que voltou definitivamente para a Argentina, é professor na Universidade Nacional de La Plata. Participa de seminários, coordena ateliers de escritura, organiza atividades literárias e culturais em instituições privadas e públicas (Biblioteca Nacional, Malba…). Acaba de ser eleito Membro da Comissão Diretiva da SADE (Sociedade Argentina de Escritores) para o período de 2011-2015. Atualmente tem uma coluna semanal intitulada “Relecturas”, publicada no suplemento literário da Agência Nacional de Notícias Télam. Publicou Julio Cortázar – La biografía em 1998 (reeditada em 2011).

Eduardo de Faria Coutinho

Professor Titular de Literatura Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde exerceu também, de 1990 a 1994, a função de Diretor Adjunto de Pós-Graduação. É Mestre em Literatura Comparada pela Univ. da Carolina do Norte, Chapel Hill, e Doutor (PhD) em Literatura Comparada pela Universidade da Califórnia, Berkeley (1983). Além de sua atividade docente na UFRJ, tem sido Professor Visitante em diferentes universidades no Brasil e no exterior (La Habana, Cuba; Córdoba, Argentina; Bochum, Alemanha) e Distinguished Visiting Professor na University of Illinois-Urbana/Champaign, EUA. Foi Vice-Presidente da Oficina Literária Afrânio Coutinho (OLAC) e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL), e membro do Conselho de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. É membro fundador e Ex-Presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC), Vice-Presidente da Associação Internacional de Literatura Comparada (AILC/ICLA), membro do PEN Clube Internacional e Consultor Científico de diversas agências de fomento à Educação (CAPES, CNPq, FAPERJ, FUJB). É pesquisador 1 A do CNPq, e sua principal área de pesquisas é a Literatura Comparada, com ênfase sobre a Literatura Latino-Americana contemporânea. Tem publicado diversos livros, ensaios e artigos em jornais e periódicos especializados no Brasil e no exterior.

Reinaldo Moraes

Escritor, roteirista, cronista e tradutor. Estreou na literatura em 1981 com o romance Tanto faz, livro que se tornaria cultuado por diversas gerações de leitores. Depois dos primeiros romances, o autor fez uma pausa na literatura e ficou quase duas décadas sem publicar ficção. Voltou às prateleiras com a narrativa infantojuvenil A órbita dos caracóis (2003), seguido pelo volume de contos Umidade (2005). Em 2009, Moraes lançou Pornopopéia (Objetiva), considerado pela crítica seu melhor livro. O romance de quase quinhentas páginas é uma viagem alucinada pelo underground paulistano, protagonizado por um cineasta fracassado que faz vídeos institucionais para sobreviver. Moraes colabora mensalmente para a revista Status com crônicas que serão reunidas no volume Cheirinho do amor. Está em processo de finalização de dois outros romances.

Sérgio Moriconi

Cineasta, professor, crítico de cinema da revista Roteiro. Dirigiu o curta-metragem Athos, uma homenagem ao artista Athos Bulcão. Colaborou no roteiro de vários curtas e longas. Ao lado da Objeto Sim, é o criador e curador do Slow Filme – Festival Internacional de Cinema e Alimentação, que acontece de 11 a 14 de setembro na cidade goiana de Pirenópolis. É o autor do livro Cinema – Apontamentos para uma história, editado pelo ITS. Atualmente é o programador do Cine Brasília.

Sérgio Araújo de Sá

Possui graduação em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Brasília (1992), mestrado em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (1999) e doutorado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). É professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. Foi editor de Cultura do Correio Braziliense, no qual assinou durante mais de seis anos uma coluna sobre livros e literatura. Tem experiência nas áreas de Jornalismo e Letras, com ênfase em Literatura Comparada. É autor de A reinvenção do escritor: literatura e mass media (Editora UFMG).

Laura Papa

Estudante de audiovisual na Universidade de Brasília e produtora de cinema, festivais e eventos na cidade. Os tempos mortos, realizado pelo Laboratório de Audiovisual da UnB – Bloco II, é seu primeiro curta-metragem como diretora e roteirista. O filme é inspirado no conto Casa tomada, de Julio Cortázar.

Júlio Pimentel Pinto

É professor no Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP), instituição em que também obteve os títulos de mestre, doutor e livre docente. Pesquisa e estuda as relações entre ficção e história na América Latina. É autor, entre outros, de Uma memória do mundo: ficção, memória e história em Jorge Luis Borges (1998), A leitura e seus lugares (2004), Ensino de História — diálogos com a literatura e a fotografia (coautoria com Maria Inez Turazzi, 2014) e A pista e a razão: a narrativa policial na história (no prelo).

Mariana Enriquez

Mariana Enriquez nasceu em 1973 em Buenos Aires. É licenciada em Jornalismo e Comunicação Social pela Universidad Nacional de La Plata (UNLP), trabalha como editora do suplemento cultural Radar do jornal Pagina 12 e é professora de Especialização em Jornalismo Cultural da UNLP. Publicou os romances Bajar es lo peor (Espasa Calpe, 1995 e Galerna, 2013) e Cómo desaparecer completamente (Emecé, 2004); a coleção de contos, Los peligros de fumar en la cama (Emecé, 2009); Chicos que vuelven ( Eduvim, 2010); as histórias de viagens Alguien camina sobre tu tumba, Mis viajes a cementerios (Galerna, 2013); o perfil La hermana menor; e um retrato de Silvina Ocampo (Ediciones UDP, Chile). Suas histórias apareceram em coletâneas no Chile, México, Espanha, Bolívia, Equador, Peru e Estados Unidos; seu conto The Dirty Kid foi publicado pela revista McSweeney’s em 2014. Parte de sua obra tem sido traduzida para o alemão, inglês e italiano.

Paulo Paniago

Paulo Paniago é jornalista, mestre em literatura brasileira e doutor em Comunicação pela Universidade de Brasília. É professor de jornalismo da Faculdade de Comunicação. Foi colunista do Correio Braziliense entre 2005 e 2006, da coluna L2 (Livros e Leituras), no suplemento Pensar. É o autor do livro No compasso das letras (Terceiro Setor), a respeito de literatura brasiliense.

Antônio Miranda

Antonio Lisboa Carvalho de Miranda (1940- ) é professor titular e emérito da Universidade de Brasília. Licenciado em Bibliotecologia pela Universidad Central de Venezuela (1970), Master in Information Science pela Loughborough University of Tecnology (Inglaterra, 1974) e Doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo – ECA-USP (1988). Poeta com mais de 50 títulos (impressos e em e-books) de livros de poesia, romances, ensaios, crônicas e livros científicos publicados no Brasil e em diversos países, além de artigos e resenhas em revistas nacionais e estrangeiras. Mantém o Portal de Poesia Ibero-Americano (www.antoniomiranda.com.br) desde 2003, atualmente com mais de um milhão de visitantes por ano, dedicado à promoção da poesia brasileira em várias línguas e aos autores hispânicos em formato bilíngue Português e Castelhano.

José Luiz Martinez

Possui graduação em Ciências da Comunicação – Universidad de La Republica Oriental Del Uruguay (1995), mestre em Letras (Língua Espanhola e Lit. Espanhola e Hispano-Americ.) pela Universidade de São Paulo (2002) e doutor em Letras (Língua Espanhola e Lit. Espanhola e Hispano-Americ.) pela Universidade de São Paulo (2008).

Jaime Correas

Jaime Correas é professor e licenciado em Letras pela Universidade Nacional de Cuyo. Jornalista e escritor, durante 13 anos, de 1999 a 2012, foi diretor de jornalismo do Jornal UNO, da cidade de Mendoza. Em 2007, recebeu o Prêmio Konex na categoria Edição de Jornalismo. Publicou Cortázar, professor universitário – Su paso por la Universidad de Cuyo en los inicios del peronismo (Aguilar, 2004). Em 2011, escreveu seu primeiro romance, Los falsificadores de Borges (Alfaguara), reeditado em 2014 na Colômbia. Publicou recentemente Cortázar em Mendonza, un encuentro crucial (Alfaguara, 2014).

MEDIADORES

Lucas Gioja

Adido Cultural – Embaixada da República Argentina no Brasil

Lucia Helena Marques Ribeiro

Possui graduação em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992); mestrado no Programa de Pós Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1996), e doutorado em Teoria Literária pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2002). É professora adjunta do Departamento de Teoria Literária e Literaturas da Universidade de Brasília – UnB desde 2009, onde desempenhou o cargo de coordenadora do Instituto de Letras de março de 2011 a janeiro de 2013, período no qual integrou o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão – CEPE- da Universidade de Brasília. Ocupa atualmente o cargo de Vice-Chefe do Departamento de Teoria Literária e Literaturas do Instituto de Letras da UnB.

Lemuel Gandara

Mestrando em Literatura e Práticas Sociais pelo Programa de Pós Graduação em Literatura – PósLit – da Universidade de Brasília – UnB e pesquisador bolsista CAPES. Pesquisador dos processos narrativos e receptivos entre Literatura e Cinema, com ênfase em tradução coletiva e na relação leitor e leitura. É crítico de cinema e artista gráfico.

Erivelto da Rocha Carvalho

Doutor em Literatura Espanhola e Hispano-Americana pela Universidade de Salamanca (2010), título revalidado como Doutor em Literatura pela Universidade de Brasília (2012). É formado em História pela Universidade de Brasília (1997). Tem experiência na área de estudos literários e ensino da história. Tem colaborado com a Cátedra Agostinho da Silva (TEL/IL/UnB) e também forma parte do Grupo de Pesquisa em Literatura Latino-Americana Contemporânea (TEL/IL/UnB). É membro suplente do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Letras- Licenciatura em Língua Espanhola e Literatura Espanhola e Hispano-Americana da Universidade de Brasília, onde atua como professor adjunto da área de Literatura Espanhola e Hispano-Americana do Departamento de Teoria Literária e Literaturas.

MOSTRA DE CINEMA CORTÁZAR NA TELA GRANDE

As leituras dos contos que inspiraram os filmes serão feitas por atores locais, especialmente selecionados para o projeto, sob a direção de Luciana Martuchelli.

08/10 – Embaixada da França (SES Av. Das Nações Quadra 801, lote 04)

19h: Leitura de Graffiti, (Gostamos tanto da Glenda, 1980).

Projeção de Fúria, de Alexandre Aja (França, 1999), 100 min. 12 anos. Após: Coquetel de recepção

O filme se passa em uma França alternativa, onde um governo opressor agora está no poder e qualquer tipo de manifestação artística é estritamente proibida. Theo, o protagonista da história, é um dos vários inconformados que se esgueiram pelos becos à noite para estampar verdadeiras obras primas da pintura em suas paredes, sempre correndo o risco de ser capturado pelos membros do exército opressor, que por sua vez passam a noite vagando em veículos blindados à procura dos rebeldes.

09/10 – CINE BRASÍLIA (EQS 106/107)

19h: Leitura de A saúde dos doentes (Todos os fogos, o fogo, 1966) e Casa tomada (Bestiário).

Projeção de Mentiras piadosas, de Diego Sabanés (Argentina, 2009), 100 min. 12 anos

É a história de uma família argentina envolvida em uma rede de mentiras, todas relativas à ida de um dos filhos à Paris, que desde então não envia mais notícias. Para confortar a mãe, os outros irmãos e familiares criam histórias fictícias e enviam cartas e presentes supostamente vindos do outro lado do Atlântico. O que começa como uma brincadeira inocente, acaba como uma armadilha que não deixará ninguém ileso.

10/10 – CINE BRASÍLIA (EQS 106/107)

19h – Leitura do conto Manuscrito achado num bolso (Octaedro, 1974).

Projeção de Jogo subterrâneo, de Roberto Gervitz (Brasil, 2005), 108 min. 16 anos

Jogo subterrâneo é uma inusitada história de amor. Martín, um pianista da noite, inventa um jogo no metrô para encontrar a mulher de sua vida; mas o jogo se volta contra ele quando se apaixona por Ana, uma mulher que o fascina de tal forma, que o leva a trair as duras regras que criou para si.

11/10 – CINE BRASÍLIA (EQS 106/107)

17h: Leitura do conto Cartas de mamãe (Armas secretas, 1959).

Projeção de La cifra ímpar, de Manuel Antin (Argentina, 1961), 90 min. Livre

Inspirado no conto de Julio Cortázar, Cartas de mamãe, o filme conta a história de dois irmãos que disputam o amor da mesma mulher.

19h30: Leitura do conto A autoestrada do Sul (Todos os fogos, o fogo, 1966).

Projeção de Week-end à francesa, de Jean-Luc. Godard (França, 1967), 103 min. 12 anos

Um casal resolve fazer uma viagem até a casa dos pais da moça. No caminho eles vão se deparando com situações e pessoas cada vez mais surreais, que denunciam uma realidade apocalíptica provocada pelos problemas sociais. Comédia satírica e política de Godard. Livre adaptação do conto A autoestrada do Sul, de Cortázar.

12/10 – Cine Brasília (EQS 106/107)

17h – Leitura de conto O perseguidor (As armas secretas, 1959).

Projeção de O perseguidor, de Osías Wilensky (Argentina, 1962), 75 min. 18 anos

Uma adaptação do conto de Cortázar que se baseia na vida de Chalie Parker. O filme se passa na Buenos Aires dos anos 1960 e conta a vida de Jhonny, jovem submerso em vários dilemas existenciais.

INTERVALO COM APRESENTAÇÃO DO QUARTETO DE JAZZ ALEX QUEIROZ

19h30: Leitura do conto As babas do diabo (As armas secretas, 1959).

Projeção de Blow-Up – Depois daquele beijo, de Michelangelo Antonioni (Inglaterra, 1966), 111 min. 16 anos

Foi o primeiro filme em língua inglesa do cineasta italiano Michelangelo Antonioni e conta a história do envolvimento acidental de um fotógrafo com um crime de morte, baseado num pequeno conto de Julio Cortázar, Las babas del diablo, publicado em 1959, e na vida do famoso fotógrafo da época da Swinging London, o britânico David Bailey.

Foto: Julio Cortázar. Crédito: Archivo General de la Nación