Edson Beserra fala sobre o espetáculo “Um Corpo Acústico” em cartaz no FestiArte no sábado.

Foto frame: Marcelo Pahl.

Renato Acha

O espetáculo Um Corpo Acústico apresenta o trabalho solo do bailarino Edson Beserra em parceria com Moisez Vasconcelos e Tomás Seferin. A proposta incita a um exercício de diálogo onde a escuta é o mais importante.

A improvisação coletiva tem como mote a coreografia em tempo real, que transcende o palco e propõe uma reflexão sobre o presente momento mundial, conforme declarou Edson Beserra em bate papo com o Acha Brasília:

Foto frame: Marcelo Pahl.

Acha – Como surgiu a ideia?

Edson Beserra – Surgiu do meu descontentamento com o panorama de falta de entendimento mundial, mesmo…desde a conversa caseira atá a tomada de grandes decisões. Como eu acredito no diálogo como ferramenta eficiente, como um exercício de escuta, onde saber a hora de ouvir e de fato ouvir é fundamental. Daí chamei o Moisez Vasconcelos para luz e vídeos e o Tomás Seferin para música.

Acha – No vídeo a gente percebe que a dança caminha ao lado de um fundamento das artes visuais e música. Como você estabeleceu esta parceria com Tomas e Moisez? Me parece uma alquimia perfeita.

Edson Beserra – Isto pra mim é o mais lindo. Os três artistas cada com o seu vocabulário tentando se entender, se provocando.

Acha – Um combustível de criação coletiva.

Edson Beserra – E a sintonia entre a gente é muito bacana!

Acha – Este diálogo quebra esta mítica de um corpo no palco em espetáculo solo.

Edson Beserra – Totalmente.

Acha – E o que o público de Brasilia vai ver?

Edson Beserra – O público será convidado a uma viagem única onde o exercício da escuta requer uma atenção muito delicada. Cada espetáculo é uma experiência ímpar, por se tratar de improvisação. Minhas fontes de pesquisa são focadas no presente. Acredito na encenação como um resultado efêmero.

Foto frame: Marcelo Pahl.

Serviço: Um Corpo Acústico

Data: 28 de janeiro de 2011 (sábado) às 20 horas

Local: Sala Martins Penna (Teatro Nacional Cláudio Santoro)

Entrada Franca – A retirada de ingressos acontece às 14 horas do mesmo dia do espetáculo, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é franca.

Concepção Geral e Interpretação: Edson Beserra

Desenho de luz e Interpretação: Moizes Vasconcelos
Trilha Sonora e Interpretação: Tomás Seferin

Produção: Ossos do Ofício – Confraria das Artes.