A ditadura militar deixou uma vasta herança que nunca perde as manchetes na imprensa e nem as pinceladas da arte, focos da exposição “Resistir é preciso”, em exibição no CCBB, de 6 de agosto a 22 de setembro, em uma parceria com o Instituto Vladimir Herzog.
Herzog era jornalista e foi assassinado em 1975 pela ditadura. Um baluarte pela democracia, liberdade e justiça social, em uma luta pelo restabelecimento da democracia no Brasil, quando centenas de profissionais da área foram presos, torturados e assassinados.
O público vai conferir um consistente conjunto de obras de arte e documentos históricos que apresentam a militância dos artistas denunciando abusos e crimes da ditadura. Os caráter educativo da mostra proporciona aos jovens conhecer melhor as lutas pela reconstrução democrática, ocorridas nas décadas de 1960 a 1980, incluindo as diversas correntes de oposição ao regime militar.
A atuação da imprensa na clandestinidade, no exílio e nas bancas faz parte de um cenário pouco conhecido pelo público atual, apesar de ter cumprido um papel relevante durante todo o processo de redemocratização do País. Um dos núcleos da mostra traz a coleção de Alípio Freire, jornalista e ex-preso político, que apresenta obras de arte de artistas plásticos como Sérgio Freire, Flávio Império, Sérgio Ferro e Takaoka produzidas no período de cárcere, no presídio Tiradentes, em São Paulo. Rubem Grilo está presente em ilustrações integrantes de publicações como Movimento, Opinião e Pasquim da década de 1970.
Serviço: Resistir é Preciso
Data: 6 de agosto a 22 de setembro
Terça a domingo, das 9h às 21h
Local: Galeria I (CCBB)
Entrada franca
Classificação indicativa: Livre.