Fundação Universa apresenta um excelente espaço dedicado à educação e cultura.

Renato Acha

A nova sede da Fundação Universa foi inaugurada na quarta (29 de junho) na 609 norte com um belíssimo projeto do arquiteto Natan Rosenbaum, com referências à obras do mestre Oscar Niemeyer. “A estrutura é sinuosa, com formas semicirculares e linhas que se encontram”, declara Rosembaum, em uma nítida referência ao arquiteto que celebrizou a capital. Natan descreve seu projeto, que funde modernismo e minimalismo: “A característica mais marcante da obra é a humanização. A interação do seu interior com o exterior. A arquitetura da obra visa inspirar o encantamento. Ao entrar no espaço, o público terá o impacto de um pé-direito triplo, com mezaninos em formas onduladas desencontradas, pisando em uma ponte de vidro, sobre o espelho d´água, e, em seguida, um vazio com árvores, coberto de policarbonato ilustrado com formas mondriânicas, e a continuação dessa água, que chegará a uma fonte”. Realmente a primeira impressão que se tem ao adentrar o prédio é impactante. As novas instalações da Fundação Universa ocupam uma área de 15 mil metros quadrados e privilegiam amplos vãos e uma sensação de liberdade e conforto, sem excessos. A nova sede possui um teatro de quatrocentos lugares com excelente acústica, que poderá sediar tanto espetáculos, quanto grandes eventos públicos e institucionais. A biblioteca tem 615 metros quadrados e disponibiliza títulos altamente especializados em diversas áreas do conhecimento. O edifício principal ainda conta com dez salas (anfiteatros e auditórios) com capacidade para receber cursos, palestras, workshops, congressos e seminários. Há salas modulares que comportam até cem pessoas, salas de estudos acusticamente isoladas, além de painéis e uma escultura na área externa de autoria de Luiz Olinto, artista nascido em Uberaba (MG). O espaço cultural tem 1.440 metros quadrados e pode sediar exposições e diversos eventos culturais com a vantagem de ter agregados ao edifício, espaços de convivência como cafeteria, terraço, sala de meditação e espaço gourmet. No subsolo, há uma discreta adega de vinhos, que permite a realização de reuniões executivas com requinte e privacidade. A idéia é integrar atividades culturais e outros tipos de evento em um ambiente harmônico e convidativo. “A sede foi concebida como um templo para a cultura, o saber, o engajamento em causas sociais e deverá ficar indelevelmente marcada na sociedade brasiliense como um exemplo de realização privada para o bem público”, afirma Alberto Nascimento, Diretor Presidente Executivo da Fundação Universa, uma entidade do terceiro setor, sem fins lucrativos que visa, por meio da obra, firmar o compromisso da entidade com o desenvolvimento social, cultural, científico e tecnológico do Brasil. O Espaço Cultural foi inaugurado com uma exposição do pintor brasileiro Carlos Bracher, nascido em Juiz de Fora (MG) e uma referência importante nas artes visuais no país. A mostra intitulada Ouro Preto – Olhar Poético, tem curadoria de Júlio Martins e apresenta catorze telas que retratam a cidade de Ouro Preto e mais um painel permanente de cerca de três metros, exibido no hall de entrada, e que foi pintado por Bracher durante o período de cinco dias. O artista revelou ao Acha Brasília a fonte de sua inspiração para a criação da bela imagem: “Niemeyer declarou no livro ‘Nas Curvas do Tempo’, que quando ele era menino, ficava desenhando formas nas nuvens, daí eu peguei isso como mote e fiz a obra intitulada – ‘Estava inscrito (não escrito – como no título original)  nas Nuvens’ – em homenagem a ele, que quando menino desenhava formas nas nuvens de sua imaginação”. A exposição permanece em cartaz  até 10 de setembro, sempre de segunda a sábado, de 14 às 21 horas, com entrada franca. Serviço: Exposição Carlos Bracher – “Ouro Preto – Olhar Poético” Visitação: Até 10 de setembro de 2011 (De segunda à sábado de 14 às 21 horas) Local: Espaço Cultural Fundação Universa (SGAN 609, Módulo A – L2 Norte)