Espaço f/508 de Fotografia recebe a mostra coletiva “Vinte Dezoito”.

Até 22 de junho.

Divulgação.

A mostra coletiva Vinte Dezoito está em exibição no Espaço f/508 de Fotografia até 22 de junho. Como parte de experimentações dialógicas que marcam um interdiscurso de análises sedimentadas do pensamento imagético realizado durante o projeto de estudos de linguagens visuais | ELVIS, a exposição apresenta trabalhos de Ariadne Naves, Bete Coutinho, Fanynha Ferreira, ​Marcela Rossiter, Nilson Filho, Ruy Alcides e Tainá Xavier sob curadoria de Humberto Lemos.

IN.Existência, desenvolvido por Ariadne Naves remete à memória daquilo que, apesar de fisicamente nunca ter existido – ou melhor, ter sido ocultado, sempre esteve presente de maneira marcante, manifestando-se na forma de abandono e solidão. Neste trabalho apresentamos um tríptico, onde a luz indica a passagem do tempo e o oculto sendo desvendado dentro da existência.

Lugar imaginário, memória, simbolismo realidade e fantasia em seus mais diversos suportes, servem de casulos para as obras de Bete Coutinho. Cascas de ovos impressas em cianotipia, desenho, pintura, assemblages e pedaços de parede descascadas criam um gigantesco repertório ressignificando o lugar e a ocupação das obras de arte.

Do desejo, da ressignificação da dor e do renascimento surgiu “Fragmentos”, obra de Fanynha Ferreira. Um projeto que traz marcas, memórias e anseios de amor. Passado, presente e futuro se confundem, se diluem, em aromas prováveis de forma íntima, intensa e profunda neste processo em que parte de nós se fragmenta.

Na série “paisagem, passagem”, Marcela Rossiter pensa sobre a construção da memória afetiva a partir de fragmentos de sensações, de sutilezas e de imagens. O tríptico aqui apresentado tendo como fonte primitiva “As Cidades Invisíveis, de Calvino” aponta para o deslocamento como instantâneo e a lembrança como possibilidade.

“Escritas sobre o carbono”, “Narrativas” e “Como desaparecer”, de Nilson Filho, interrelacionam-se através da visualidade e da geometria da escrita. Pensada de acordo com conceitos de poesia neoconcreta e concreta, experimentos entre símbolos do cotidiano, sobreposições e análise sobre a performance, com foco em relações, gestos ou situações corporais, trazem no conjunto do seu trabalho, um olhar refinado das narrativas humanas.

“Espolio de uma guerra admirável”​​, série de Ruy Alcides, mergulha no mundo antropofágico fundindo apropriação de imagens e fotografias digitais. Com uma linguagem que retorna ao pergaminho, o autor usa do documental imaginário para denunciar o tráfico de órgãos, suas rotas e seus preços. Língua, Baço, Coração, Mandíbula, Intestinos, Fígado, Olhos, Pele e Pulmão compõe um trágico traçado de um manifesto.

O que nos constitui? Essa pergunta percorre todos os três projetos apresentados por Tainá Xavier. Em “Ruído”, a artista propõe uma alusão a como nos comunicamos.​ ​O espaço e o tempo se fazem latentes em “Quando me olho, não me vejo”,​ ​com seus deslocamentos e interferências externas e “O intransitável”​ ​o respeito aos ciclos que fechamos.​ ​Nossas memórias nos constroem e fundamentam tudo que somos.

Serviço: Mostra Vinte Dezoito
Visitação: Até 22 de junho
Horários: Segunda à sexta de 14h às 19h e, aos sábados, de 10h às 13h.
Local: Espaço f/508 de Fotografia (413 norte – Bloco D – Sala 113)
Informações: (61) 3347-3985 | equipef508@gmail.com
Bate-papo com artistas: 17 de maio (quinta) às 19 horas
Encontro de encerramento da exposição: 22 de junho (sexta) às 19 horas.