Renato Acha
O 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi aberto nesta segunda (17) em clima diferenciado. A mudança para o Teatro Nacional Cláudio Santoro parece ter diminuído um pouco a badalação de anos anteriores, mas nada que perdesse o brilho de uma abertura, que contou com menos celebridades, mas com uma mistura interessante que se viu em uma Sala Villa Lobos lotada.
A sessão hors concours de A Última Estação revelou o olhar sensível de Márcio Cury em relação à estreita relação entre o Brasil e Líbano, levados para a tela com um grande elenco que conta com as presenças da atriz e poetisa Elisa Lucinda, o ator e diretor libanês Mounir Maasri e os brasilienses Klarah Lobato, João Antônio, Chico Santana, Narciza Leão, Sérgio Fidalgo e Adriano Siri.
A migração libanesa ganha uma análise mais poética. “Na televisão, essa história é contada em fora de caricatura. Nunca o audiovisual tratou a história da migração libanesa de maneira tão profunda”, contou Maasri em tom emotivo que envolveu mais de 1300 pessoas que lotaram as cadeiras e os degraus da Villa-Lobos.
Depois da exibição o público foi conferir uma exposição de figurinos, objetos de sets de filmes, bem como desenhos criados por cartunistas tendo com tema filmes brasileiros. Quem queria badalar se jogou na praça da alimentação, localizada na área externa do Teatro. O esquema é diferente dos anos anteriores. Quem se chocou com o tamanho na hora que chegou também se divertiu com um aconchego de amigos conhecidos e novos que curtiram o espaço com um som delícia.