5 de janeiro fica marcado por uma celebração no Cine Brasília, quando a classe artística de Brasília se reuniu em peso para prestigiar a transmissão de cargo da Secretaria de Cultura do DF. Hamilton Pereira passou a função para Guilherme Reis, em clima efusivo consagrado por um discurso potente e sintético, de olho nos desafios e renovações.
A cerimômia foi apresentada pelo ator Murilo Grossi e seguiu com momentos musicais emocionantes, como Ellen Oléria ao interpretar o Hino Nacional, seguida do Grupo Choro Livre e Reco do Bandolim, e o duo de Odette e Jaime Ernest Dias.
Confira o discurso de Guilherme Reis:
“Eu não tenho dúvida que este será um grande diferencial. Você me perdoe ter que lhe usar como paralelo. (Em relação a Hamilton Pereira). A Secretaria de Cultura conta com o apoio, com o interesse do Governo, o diálogo amigável e fácil, com o olhar cuidadoso, experiente, sábio e não apenas do Governador Rodrigo Rollemberg, mas de toda a equipe de Governo, da nossa Márcia Rollemberg, nossa aliada permanente. Ela não é a esposa do Governador. Ela é um referencial na cultura nacional, uma pessoa que tem feito muito pela cultura nacional nos últimos anos e que nos dá uma experiência importante de gestão, advinda da Divisão Cultural do Ministério da Cultura.
O governo inteiro torce para que este trabalho nosso dê certo. Eu escuto isto de todos os Secretários, de todas as áreas. O professor Júlio Gregório (Secretário de Educação) me ligou agora há pouco. Ele queria estar aqui com a gente e dar um abraço no povo da Cultura e dizer que a Educação e a Cultura vão estar juntas como nunca nesta gestão.
A estrutura da Secretaria de Cultura vai ter que ser revista, vai ter que ser pensada e readequada. Porque acho que sentimos que há uma defasagem muito grande entre as possibilidades atuais, em termos de recurso, gestão, pessoal, espaços e a real necessidade da população.
Hoje, seja no Plano Piloto ou em todas as várias cidades do DF, a Cultura está pulsante, gerando uma energia rica, poderosa, gerando emprego, fazendo circular a riqueza simbólica da criação, da arte, da expressão cultural da população do Distrito Federal.
Eu acho que agora cabe a nós correr atrás, porque a Cultura esta aí, a arte está aí.
Eu queria dizer que nestes pouquíssimos dias algumas questões da equipe que entrou eram coisas que já podíamos fazer. Fizemos e vamos trabalhar praticamente o primeiro ano para que nós, junto à comunidade, junto à população de todo o Distrito Federal, para que a gente redesenhe a estrutura da Secretaria de Cultura a partir de códigos de ética, a partir do pensamento: Para que serve isto? Qual é o nosso trabalho aqui? Qual o papel desta Secretaria para a população? E isto vai demorar um pouquinho. Mas eu tenho certeza que a gente vai ter o apoio de vocês e do Governo para fazer a estrutura nova que a gente acredita que possa melhorar Brasília.
Neste momento, criamos a Subsecretaria de Políticas Culturais e para nos ajudar, a Mariana Soares virá trabalhar com a gente. Tomamos uma decisão e queremos experimentar, que foi a criação da Subsecretaria de Fomento e Incentivo, que vai ser coordenada pelo Thiago Leandro Rocha, pernambucano, que vai trabalhar com dois parceiros fiéis, Gustavo Vidigal e Moema Faria. A carga deles é pesada: Desburocratizar ainda mais, democratizar mais, profissionalizar mais e ajudar no desenvolvimento da Cultura no DF.
Outra Subsecretaria vital que a gente está tentando tornar mais enxuta, mais profissionalizante e que é quase um coração pulsante é a Subsecretaria de Promoção e Difusão Cultural, que tem uma tarefa dura de fazer circular a Cultura do DF e por todo o DF. Ela ficará na mão do servidor e funcionário da casa Sérgio Fidalgo.
Trouxemos para a Secretaria uma pessoa que é referência de mulher negra e combativa. Uma mulher de competência indiscutível, defensora das ideias de igualdade e que luta contra o racismo, preconceito e homofobia. Estas são palavras escritas pela Mãe Baiana, líder religiosa e que dizem muito da Jaqueline Fernandes, Subsecretária de Diversidade Cultural.
Outra questão importante diz respeito a hoje chamada SUPAC (Subsecretaria do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural). Nesta primeira semana foi nomeada a primeira das lições desta subsecretaria. Em uma semana esta tarefa já está em construção e o André Kluppel Carrara assumirá a Subsecretaria de Gestão e Manutenção de Equipamentos Culturais, responsável pelas obras e manutenção de todos os espaços. Nesta semana vamos definir quem assumirá a Subsecretaria do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, que além das questões de Patrimônio, Preservação e Registro, vai também se ocupar do Sistema de Museus do DF.
Durante este ano, temos a missão de pensar como a Secretaria está tratando todas as linguagens. Gostaria de registrar a vinda para colaborar com a gente do Cláudio Prata, Chefe de Gabinete da Secretaria de Cultura, de Mariana Moreira, Assessora de Imprensa, e de contar com a colaboração e parceria da Secretária Adjunta, Nanan Catalão.
O resto é trabalho e festa e alegria. E tempo e paciência, pois a situação não está fácil! Este primeiro ano não vai ser brincadeira.
Gostaria de agradecer o amor e o carinho da Carmem (Moretzsohn). Dedicar este trabalho para o Gabriel (Reis), à Marina linda e para a nova pessoa que chegou, a minha netinha.”
