Renato Acha
Brasília nasceu sob a concepção criativa de gênios que traçaram a nova capital em pranchetas, tal qual uma obra de arte em si mesma. Se vista de cima tem a forma de um avião, já em terra firme, alguns edifícios têm escalas monumentais, como verdadeiras esculturas concretas. Seus primeiros prédios e avenidas foram projetados meticulosamente e alçaram a capital modernista ao status de obra-prima, que abriga em si outros trabalhos permanentes de artistas como Athos Bulcão, Alfredo Ceschiatti, Bruno Giorgi, Victor Brecheret, entre outros.
Nimbo Oxalá, de Ronald Duarte.
A lacuna entre o modernismo e a contemporaneidade ganha uma grande colaboração por meio da mostra Aberto Brasília, em cartaz no CCBB e em diversos pontos da cidade, como o Lago Paranoá, o Parque da Cidade, o Parque Olhos d’Água, a Rodoviária do Plano Piloto e a Universidade de Brasília, até o dia 21 de agosto.

Com curadoria de Wagner Barja, a mega exposição apresenta obras dos brasileiros Guto Lacaz, Nelson Felix, Paulo Bruscky, Ronald Duarte, Rejane Cantoni, Luiz Alphonsus Guimaraens, Cildo Meireles, Xico Chaves, Corpos Informáticos, Karina Dias, Rodrigo Paglieri, Waltercio Caldas e Cirilo Quartim. A lista de artistas estrangeiros traz: Fernando Baena (Espanha), Søren Dahlgaard (Dinamarca), o coletivo The Milena Principle (Geert Vermeire e Stefaan van Biesen – Bélgica), Bertrand Planes (França) e Paweł Althamer (Polônia).

A abertura ocorrida no dia 20 de junho reuniu artistas, diplomatas, produtores e um público curioso que se divertiu com uma noite repleta de performances e que vai ficar registrada na história das artes visuais como um momento a ser lembrado. Parabéns ao CCBB, que se reafirma como uma égide da cultura local, em projetos inovadores, que privilegiam tanto seu amplo espaço, quanto a própria vocação da cidade abrigar obras de arte a céu aberto.





