Com a proposta de questionar “o lugar do circo”, o ARRANHA-CÉU- Festival de Circo Atual oferece uma programação variada para o público de todas as idades. A partir de 21 de maio, espetáculos, oficinas, residência artística e o já tradicional Cine Circo ocupam territórios icônicos de Brasília como o Espaço Cultural Renato Russo, o Eixo Cultural Ibero-americano e o Parque Ana Lídia. Nesta 3ª edição, o projeto, idealizado pelo coletivo brasiliense Instrumento de Ver, expande as fronteiras do nosso Quadradinho e promove, em ambiente virtual, colóquios que discutem os diversos espaços que o circo pode ocupar, tanto física quanto simbolicamente.
O ARRANHA-CÉU é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) e gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (SECEC – DF). Os ingressos dos espetáculos, inscrições para as oficinas, colóquios e programação completa estão disponíveis no Sympla.
Entre os destaques do Festival, espetáculos que são sucesso de público no Brasil e mundo afora prometem impressionar e encantar os candangos: “Assum Preto”, de Marco Motta (23 e 24/5), “Cabaré da Nêga”, com a palhaçaria do Circo Travessia (26/5), “A Rama da Macaxeira”, com a Júlia Maia (2/6), “Nos Fardeaux”, de Philippe Ribeiro (1 e 2/6) e as últimas apresentações de “23 Fragmentos desses últimos dias”, do coletivo Instrumento de Ver (1 e 2/6).
De acordo com a organização do projeto, o espetáculo “King Kong Fran” (25/5) teve os ingressos esgotados em apenas 20 minutos. Atendendo ao pedido do público, uma sessão extra foi criada e, em poucas horas, já não havia mais lugares disponíveis para a apresentação da polêmica e genial Rafaela Azevedo.
Por meio da Residência Artística desta edição, o Festival demonstra como a promoção da acessibilidade também pode fazer parte do encantamento, da fruição da arte, além de cumprir um importante papel social. De 21 a 25 de maio, sob direção de Vini Martins, com colaboração de Julia Henning, dez artistas de diferentes áreas, selecionados por meio de convocatória, se juntam para criar um espetáculo especialmente para pessoas cegas.
Descrever as histórias que os corpos contam, usando os procedimentos criativos do circo é o ponto de partida para “Olhos: corações que sentem”, resultado da Residência. A estreia da obra candanga acontece durante a programação do ARRANHA-CÉU, em 25 de maio.
Para artistas circenses, ou não, o ARRANHA-CÉU promove diversas opções de oficinas com profissionais de renome: aéreos com Marco Motta (21 e 22/5), parada de mão, com Louisse Aldrigues (23/5), perna de pau com Davi Maia (24/5) e passinho carioca, com André Oliveira DB (2/6). As inscrições já estão abertas e sujeitas à lotação, por isso, a dica é garantir a inscrição.
Segundo o Coletivo Instrumento de Ver, 30% do valor arrecadado com as atividades formativas será doado para ações emergenciais no Rio Grande do Sul, uma pequena contribuição do projeto para este momento de tragédia anunciada.
Para completar a programação multicultural, o Cine Circo apresenta 5 obras circenses e não-circenses que serão exibidas durante 1h30 de programação. As sessões acontecem em 24/05, a partir das 18h, na Sala Marco Antônio do Espaço Cultural Renato Russo. Confira programação:
- Passinho Carioca, de André Oliveira DB (2024) 5′;
- EXUFRIDA, de Beatrice Martins e Cícero Fraga (2019) 7′;
- Ruína, de Julia Henning (2021) 7′;
- Assum Preto, um grito des´da margem, de Marco Motta e Cícero Fraga (2023) 9′;
- Pediu Pra Parar, Parou?, de Julia Maia, Mirley Allef e Viola Luba (2021) 23′.
Nos dias 1 e 2 de junho, a partir das 18h, no Hall do Teatro Plínio Marcos, a exposição “O circo nas fotografias” enaltece o universo circense a partir do olhar de diversos fotógrafos.
ARRANHA-CÉU – Festival de Circo Atual
Até 2 de junho
Espaço Cultural Renato Russo, Eixo Cultural Ibero-Americano, Parque Ana Lídia e online
Ingressos
Inscrições oficinas
Programação completa: @festivalarranhaceu