25ª Mostra Dulcina de Teatro é aberta com o espetáculo e mostra “Aurora – entre a escuridão e a luz”.

Até 9 de julho.

Foto: Sartoryi.

Projeto que reúne artes cênicas e visuais criado pelo diretor Fernando Guimarães abre a programação da 25ª Mostra Dulcina de Teatro. A partir do próximo dia 29 de julho, entra em cartaz a peça Aurora – entre a escuridão e a luz, com dramaturgia criada de vivências pessoais e excertos de textos de autores brasileiros e estrangeiros como, Anne Rice, Gabriel García Márquez, Ítalo Calvino, Nelson Rodrigues, Paulo Paniago, Rubem Fonseca, Sergi Belbel e, em especial, Virginia Woolf, com equipe formada por profissionais de diversas áreas das artes cênicas e estudantes.

Em um lugar – Aurora, uma cidade, ou um barco indo ao encontro da Lua, diversos personagens se reúnem e compartilham suas experiências mais marcantes e curiosas. Relatos verdadeiros ou não e que tem em comum as noites de luar que incidiram em suas vidas. Há ainda a chuva, – em uma noite de lua cheia, a chuva apareceu. Choveu por dois anos, dez meses e cinco dias. Chovia tanto e havia tanta água, que os peixes podiam entrar pela porta das casas e sair pelas janelas, nadando entre os aposentos.

Depois de uma estiagem, a chuva agora aparece uma vez por dia, à mesma hora e neste clima surgem as confidências sentimentais, apaixonadas, fantásticas, cruéis, mas sempre surpreendentes. Assim é Aurora, entre a escuridão e a luz, sempre.

Considerando o conceito pirandelliano – a não existência de uma verdade absoluta, em Aurora – entre a escuridão e a luz, uma realidade única pode não haver, mas existem interpretações que prevalecem umas sobre outras. Ou não. “…Sinto saudades da luz da Lua que nos invadia naqueles noites. Quando íamos ao seu encontro navegávamos cantando e tocando nossos instrumentos. Em nossas cabeças era como se tivéssemos em vez de cérebro, um peixe, que flutuava atraído pela Lua. Como todos nós…”, diz um dos personagens.

Aurora – entre a escuridão e a luz, é uma declaração de amor a literatura e ao teatro. Desenvolvido em um processo de criação dramatúrgica, que envolveu argumentos, vivencias pessoais e fragmentos de obras de autores diversos, como Anne Rice, Gabriel García Márquez, Ítalo Calvino, Nelson Rodrigues, Paulo Paniago, Rubem Fonseca, Sergi Belbel e, em especial, Virginia Woolf, cujo estilo da obra As ondas serviu de inspiração para a construção das narrativas.

Fronteiras – A exposição de fotografias Imagem apresenta ao público um olhar sobre o ser humano, suas vivências e experiências. Fotografadas por Sartoryi, as imagens apresentam um diálogo entre linguagens artísticas, uma característica do trabalho do diretor teatral e artista visual, onde ficção e realidade são dispositivos presentes na criação. Neste ensaio concebido por Fernando Guimarães, o público poderá conferir sua proposta presente nos textos dramáticos dos espetáculos que desenvolve em seus projetos solo ou como integrante do Coletivo Irmãos Guimarães. A mostra reúne 17 imagens e ficará exposta de 29 de junho a 9 julho, no Foyer do Teatro Dulcina.

O espetáculo e a exposição fotográfica são criações do diretor Fernando Guimarães, cujo último trabalho, Hamlet, processo de revelação, em parceria com Adriano Guimarães, depois de temporada no Rio e São Paulo, se encontra em turnê e se apresentará em mais de 30 cidades. O projeto foi ainda indicado ao Prêmio Shell, no Rio de Janeiro.

A Mostra Dulcina se consolida como um importante polo de geração artística e conhecimento cultural para o Distrito Federal, além de ser uma iniciativa que em muito contribui para a revitalização do Setor de Diversões Sul.

Serviço: Aurora – entre a escuridão e a luz – Espetáculo teatral
Data: De 29 de junho a 9 de julho, sempre, de quinta a domingo, às 20:30
Local: Teatro Dulcina de Moraes
Entrada franca, mediante senha/distribuída uma hora antes, no local
Classificação indicativa: 16 anos

Imagem: Mostra fotográfica
Concepção e direção: Fernando Guimarães
Fotografia: Sartoryi
17 imagens
Visitação: De 29 de junho a 9 julho, das 14h 22h
Local: Foyer do Teatro Dulcina
Entrada Franca
Classificação indicativa: Livre.