Mostra celebra o Dia da África.

De 25 de maio a 25 de junho.

Divulgação.
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A exposição Diáspora, de Josafá Neves, está em exibição na Galeria Athos Bulcão de 25 de maio a 25 de junho. A mostra celebra o Dia da África (25 de maio) e homenageia personalidades que representam o empoderamento da cultura negra brasileira, como Clementina de Jesus, Itamar Assumpção, Milton Santos, entre outros; enfatizando a extensa criação por parte dos negros no Brasil nos domínios da música, das artes plásticas e do ativismo político.

A exposição “Diáspora“ vem agregar projeção a cultura negra no Brasil por meio de sua paleta autodidata que busca dar visibilidade aos inúmeros realizadores da Diáspora Negra Brasileira nos domínios da música, das artes plásticas, do ativismo político, enfim, da extensa criação por parte dos negros no Brasil.

Por quatro anos, o tema foi estudado pelo artista para selecionar o que ele batiza como os ícones da Diáspora Negra no Brasil. As personalidades negras, o patrimônio imaterial e os símbolos da religiosidade de matriz africana são os que estão presentes nesta exposição de pinturas, gravuras e esculturas.

A capacidade do artista de buscar o mais profundo dos sentimentos daqueles que apreciam a sua obra faz com que percorra inúmeras técnicas em sua prática artística, assim, nesta amostra, há duas gravuras em ponta seca que simbolizam figuras históricas da diáspora, quais sejam: Grande Otelo e Luiz Gama, que foram elaboradas na mais íntima sensibilidade, misturadas com a energia do artista.

A força da pintura do artista permanece em dois painéis que exprimem o patrimônio imaterial da cultura negra no Brasil. A obra “Capoeira” onde é proferida uma dignidade determinada ao retratar golpes e movimentos complexos, característicos dessa dança, numa pintura ferina e cheia de encantamentos. A obra “Terreiro de Candomblé”, uma releitura da tela “Festa do pilão de Oxalá” do artista Carybé, ilustra o ritual de um culto afro-brasileiro com imagens vívidas.

A exposição será composta também por duas esculturas, “Oxossi” e “Xangô”, feitas em madeiras mortas do cerrado do Distrito Federal, que simbolizam o respeito do artista aos “Orixás”, que, na tradição iorubana, são as forças da natureza que conduzem os seres humanos em suas comunidades.

O painel afro-indígena é resultado das oficinas realizadas pelo artista com crianças e professores da educação básica de escola pública do Distrito Federal e com estudantes de licenciaturas da Universidade Católica de Brasília. A partir da figura que expressa à diáspora, a qual foi criada pelo artista, os participantes da oficina experimentaram a pintura. Tal ação produziu uma contribuição à implementação da Lei Federal 10.639/03 que prescreve o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira. Como resultado, o público se envolverá com um instigante painel que expressa diversidade, identidade, educação e muitas cores.

A exposição “Diáspora” é arte com expressão imensa de uma subjetividade criada no trabalho diário de um brasileiro afrodescendente. Todos os dias, sua aspiração suprema é transmitir nas formas e nas cores testemunhos do seu olhar de forma profunda e bruta, mas não menos, bela e instigante.

Serviço: Exposição Diáspora, por Josafá Neves
Abertura: 25 de maio (quarta) às 19 horas
Local: Galeria Athos Bulcão, anexo do Teatro Nacional Cláudio Santoro
Visitação: De 25 de maio a 25 de junho, de 9 às 21 horas
Entrada Franca
Classificação indicativa: Livre.