Na próxima terça-feira, 17 de agosto, às 20 horas, no Teatro Franco Zampari em São Paulo, será lançada a série de documentários DOCTV Latinoamérica II. O Programa incentiva a produção de um documentário por país participante da Conferência de Autoridades Cinematográficas Iberoamericanas (Caci). “Laura”, de Felipe Gamarano Barbosa, foi o documentário brasileiro escolhido no edital e será exibido durante o evento.
Documentários da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, México, Peru, Portugal, Porto Rico, Uruguai, Venezuela e, como observadores, Canadá e Costa Rica, também serão exibidos no evento.
A iniciativa é da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, a Fundação Padre Anchieta – TV Cultura, e a Empresa Brasil de Comunicação – TV Brasil. Os documentários serão exibidos na TV Brasil e TV Cultura nos dias, 19 e 20 de agosto, respectivamente.
O critério usado para a escolha do documentário no Brasil partiu da visão original a partir de situações, manifestações e processos contemporâneos da diversidade cultural brasileira. O filme, de 52 minutos de duração, foi apoiado com orçamento total de US$ 70 mil.
A proposta do programa é estimular e fortalecer o intercâmbio cultural e econômico entre os povos latinoamericanos, implantar políticas públicas integradas de fomento à produção e teledifusão de documentários nos países da região e difundir a produção cultural desses países no mercado mundial.
Laura – Imigrante brasileira há 25 anos em Nova York, Laura sai todas as noites para as festas mais badaladas, freqüenta os restaurantes mais caros da cidade, fura as pré-estréias dos filmes mais quentes e, no entanto, mora numa espécie de cortiço em Manhattan. Fazer-se vista e reconhecida, numa luta constante contra o fracasso e o anonimato, é a única maneira de Laura se manter viva. O filme questiona o que significa sucesso; examina o medo do retorno à pátria; a pressão inconsciente de uma família abandonada em Curitiba, e a criação consciente de uma fantasia como forma de proteção.
“Laura” é um filme que escancara os próprios limites do documentário. Um projeto dolorosamente honesto, que coloca em cheque questões fundamentais sobre o processo de se retratar um personagem real. O documentário propõe essas questões de forma extremamente carinhosa, tendo o cuidado de mostrar a protagonista através de sua múltiplas perspectivas dando prioridade à sua própria.
Fonte: Narla Aguiar, Assessoria de Comunicação SAv/MinC.