Festival “Brasil É Terra Indígena” aterrisa no Museu Nacional com programação gratuita

13 e 14 de dezembro.

Grupo Suraras do Tapajós. Divulgação.

O Festival Brasil É Terra Indígena torna Brasília o centro da cultura dos povos originários nos dias 13 e 14 de dezembro. A primeira edição será realizada no Museu Nacional da República, com entrada gratuita.

Katú Mirim.

A programação conta com shows, exposições de arte e debates sobre riqueza cultural e bioeconomia. No palco, destaques da música indígena fazem da capital um pólo de intercâmbio cultural brasileiro.

Brisa Flow. Foto: Anna Catharina.

Destaques indígenas na música brasileira contemporânea integram o line-up do festival: DJ Scott Hill, Djuena Tikuna, Kaê Guajajara, Siba Puri, DJ Rapha Anacé, Tainara Takua, Gean Pankararu, Heloisa Araújo Tukue, Brisa Flow, DJ Eric Terena, MC Anarandá, Katú Mirim, Edvan Fulni-ô, Suraras do Tapajós, LaManxi, Brô MC’s e Grandão Vaqueiro.

MC Anarandá.

A proposta curatorial da programação propõe participações e misturas musicais de artistas não-indígenas que ainda serão anunciados pela produção. O festival é criado e promovido pelo coletivo Mídia Indígena e tem o apoio do Ministério dos Povos Indígenas e do Ministério da Cultura.

DJ Scott Hill.

A seleção do line-up do festival prestigiou artistas vindos dos seis biomas brasileiros. Entre os indígenas, integram a lista tanto nomes que já têm uma trajetória na música, quanto revelações.

Siba Puri.

“Queremos dar espaço a quem já tem estrada e a quem está começando. Para promover um grande intercâmbio e fortalecer o teor político do festival, convidamos artistas não-indígenas consagrados na indústria musical que sejam aliados da nossa causa”, explica Priscila Tapajowara, coordenadora do Brasil É Terra Indígena.

Kaê Guajajara.

Criado como um ato político e cultural, o projeto é uma ação que une o contemporâneo e o tradicional como forma de elevar e dinamizar a produção cultural indígena e a auto-sustentação dos povos originários brasileiros. É neste rico cenário que são apresentadas riquezas no campo da música, artes plásticas, dança, economia criativa, bioeconomia, moda e gastronomia.

Eric Terena.

Parte integrante do festival, a Feira de Arte dos Povos Indígenas apresenta e valoriza formas de expressão de artistas indígenas, como uma plataforma para a inclusão social. A feira, aberta nos dois dias de festival das 9 às 20h, tem curadoria do arquiteto Marcelo Rosenbaum e destaca a importância da bioeconomia como ferramenta para a permanência nos territórios ancestrais e a salvaguarda do meio ambiente. Estão convidados para expor seus trabalhos 80 artistas, vindos de todos os seis biomas brasileiros e integrantes dos povos como Yanomami, Macuxi, Terena, Baré, Ashaninka, Kadiwéu, Guarani, Guajajara, Tremembé, Wauja e Mehinaku.

Djuena Tikuna.

O Espaço Tecnologia e Ancestralidade é um espaço criado para abrigar debates e rodas de conversa. Neste ambiente uma das atividades apresentadas é o talk show Comunicação Indígena e Suas Narrativas. Participam deste amplo debate entidades e associações como Mídia Indígena, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Coordenação de Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Grande Assembleia dos Povos Guarani e Kaiowá (ATy Guasu), Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste (Arpinsudeste), Comissão Guarani Yvyrupa e o Conselho do Povo Terena.

Brô Mc’s.

Festival Brasil É Terra Indígena
Atrações musicais: 13 dezembro, a partir das 19h e 14 de dezembro, a partir das 18h
Feira de Arte dos Povos Indígenas: 13 e 14 de dezembro, das 9 às 20h
Espaço Tecnologia e Ancestralidade: talk shows deias 13 e 14 dezembro, a partir das 10h
No Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul, Lote 2)
Entrada Gratuita
Classificação etária: livre
Instagram: instagram.com/festivalindigena