A proposta de realizar a oficina surgiu como uma possibilidade de sensibilizar para a aisthesis, que no sentido grego do termo significa estar aberto ao mundo, aberto ao sensível do/no mundo e deixar-se contaminar. A oficina tem como proposta encorajar a existência de uma terceiridade, um entremeio, que não visa solucionar, mas propor questões, gerar espanto e desejo de compreensão. O que eu vejo? O que eu quero transformar em imagem? Por que fotografar alguma coisa?
Após Duchamp, a questão da arte deixa de ser o belo e passa a ser uma questão de desígnio. Sendo todos responsáveis e capazes, será arte aquilo que nós (cada qual) designarmos. Neste sentido, a oficina visa fomentar um vocabulário e repertório visuais, tornando as crianças cientes dessa capacidade e estimulando uma posição ativa diante do mundo.
Considerando a interterritorialidade proposta pela arte-educadora Rita L. Irwin, a oficina explorará a mestiçagem entre técnica/sensível, valendo-se de conteúdos e aparatos históricos/modernos, tais quais a cianotipia – método de impressão desenvolvido e utilizado no século XIX – e o fotograma.
O fotograma em cianotipia possibilitará um diálogo entre materialidade, visualidade e composição. Revisitando imagens produzidas por fotógrafos modernistas como László Moholy-Nagy, Man Ray e do brasileiro Geraldo de Barros, a atividade possibilitará um entendimento acerca da construção de um espaço e tempo possíveis.
Abordadas questões do fazer fotográfico, partiremos para os caminhos e problemas da edição. Como escolher as fotos? Uma foto única ou uma sequência? O que eu quero mostrar? O que eu gosto nas fotos? Por que eu quis fotografar aquilo? O que podemos ver e identificar na foto? Existem elementos que me identifiquem como autor dessa imagem?
Ao final, espera-se que a oficina contribua, além de todos os pontos levantados, para que as crianças identifiquem na fotografia um meio livre de expressão, conhecimento (do outro e de si mesmo) e apropriação de mundo.
Programa:
Aula 01
1) Apresentação das crianças
2) Apresentação dos diversos usos da fotografia
3) A fotografia como recorte do tempo e do espaço
4) Princípios básicos da fotografia (formação da imagem e técnica)
5) Visita à uma câmara escura
Aula 02
1) Construção de uma câmera artesanal (pinhole) com caixinha de fósforo
2) Conceitos de composição
3) O que eu quero transformar em imagem?
4) Prática com pinhole no Parque Olhos D’água
Aula 03
1) Dupla-exposição
2) Lightpainting
3) Cianotipia e Fotogramas
4) Preparação dos negativos
Aula 04
1) Orientação: como escolher as fotos?
2) Avaliação das fotos
3) Fotograma em cianotipia;
4) Cópia fotográfica em cianotipia.
Aula 05
1) Intervenção com desenho sobre as cópias obtidas na aula anterior
2) Construção da caixa de portfólio para abrigar o material produzido ao longo do curso
Aula 06
1) Apresentação dos trabalhos
2) Avaliação do curso
Material incluso:
.Caixinha de fósforo
.01 filme – 36 poses
.Fita isolante preta
.Revelação e impressão (10×15 cm)
.Lápis de cor
.Cola
.Fita adesiva
.Negativos em transparência
.Papel, luva descartável, vidro e químicos de cianotipia
.Caixa
.Pasta
.Secador
Material que o aluno deverá trazer:
.Avental ou jaleco
Investimento: R$ 420,00 + R$ 80 de taxa de material
Certificado.
Possibilidade de expor o material no Espaço f/508 de Fotografia.
Formas de pagamento:
Pagamento à vista
Dinheiro ou cheque: 10% de desconto
VISA (débito): 5% de desconto
VISA (crédito): valor integral
Pagamento parcelado em até 2x
Cheque: entrada + 30 dias
VISA: débito + crédito
Máximo de alunos por turma: 07
Mínimo: 05 alunos
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Contatos:
Tels.: 61. 3347 3985 / 8414 8926
e-mail: fotoclubef508@gmail.com
Espaço f/508 de Fotografia (SCLN 413 Bl D sala 113 – Asa Norte)
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 14h às 20h.
