Plano Piloto e outras três RAs recebem o projeto Laboratório de Palhaças e Palhaços.

Entre os dias 5 e 9 de setembro, o Plano Piloto e outras três Regiões Administrativas do DF recebem a apresentação de espetáculos vindos de vários cantos do Brasil, além de artistas do Uruguai, Argentina e Colômbia. Com programação totalmente gratuita, serão palco para criações cênicas dos palhaços as RA’s de Taguatinga, Brazlândia, Ceilândia e Plano Piloto, na Feira da Torre de TV, Memorial dos Povos Indígenas e Parque da Cidade. No campo da formação, aos grupos circenses locais, além, é claro, dos convidados vindos de fora, o projeto realiza um laboratório imersivo de direção, oficinas e rodas de debates.

Em 2013, Lelê Marins, palhaça e idealizadora do projeto, deu início ao projeto Semente da Sorte, pela Cia. da Sorte. Saindo de São Paulo, em 2014, circulou com espetáculos por 11 estados, a bordo de um Fusca, rumo ao Rio Grande do Norte. Passou por 50 cidades e teve um público estimado de mais de 100.000 pessoas. “Entre uma cidade e outra, fomos encontrando outros artistas circenses e palhaços, gerando uma troca natural de experiências e saberes”, recorda Lelê.

A criação do Laboratório de Palhaças e Palhaços teve como ponto de partida a vontade de Lelê em trazer para Brasília parte de sua vivência na itinerância pelo projeto e a de reunir artistas que trabalham com circo-teatro, arte de rua e comicidades em diferentes linguagens, na busca de valorizar essa arte e os trabalhos individual e coletivo. “É também a concretização do desejo em retribuir a acolhida dos artistas que conheci na estrada e cujo trabalho tanto me inspirou na minha caminhada como palhaça”, acrescenta Lelê.

O Laboratório de Palhaças e Palhaços será realizado em duas etapas: formativa e festival. A etapa formativa acontecerá no espaço onde os 70 artistas participantes ficarão imersos durante os cinco dias do encontro, com oficinas, bate-papos, laboratório de direção e cinema. Esta etapa é voltada para artistas “a proposta é criar intercâmbios do fazer artístico, construir pontes de conhecimento e desenvolvimento criativo, sob a perspectiva teórico-prática, individual e coletiva”, explica Lelê. A segunda etapa, de apresentações – Um Festival de 12 espetáculos, sendo 11 inéditos em Brasília, todos abertos ao público e gratuitos ao chapéu (contribuição voluntária).

Para a atriz e artista na arte da palhaçaria, Ana Luiza Bellacosta, “o projeto é relevante para Brasília pois, ao reunir profissionais de fora com artistas da cidade, promove o aprimoramento do mercado local”, afirma. Outras facetas importantes do projeto são a gratuidade das apresentações, com algumas sessões interpretadas também em Libras, e a ida dos artistas aonde os espectadores estão, não o contrário. Um dos destaques da programação é a participação dos Hotxwa, palhaços sagrados da etnia indígena Krahô, habitantes da região de Tocantins.

Programação completa:

Dia 09/09
Local: Parque Ana Lídia | Parque da Cidade
10:30 – Espetáculo: Batuque, Canto e Viola, Grupo: Boca do Lixo (GO)
11:30 – Espetáculo: Dr. Friky, Grupo: Circo Delírio (Uruguai)
Classificação: livre
*Com intérprete de Libras