A artista estava acompanhada de uma Big Band, digna de aplausos, formada por Rovilson Pascoal (guitarra, violão e cavaco), Guegué Medeiros (bateria), Magno Vito (contrabaixo), Ricardo Prado (teclado, acordeom e guitarra), Michele Abu (percussão), Sidmar Vieira (trompete) e Douglas Antunes (trombone).
Foi um passeio por entre ritmos, como o samba, rock, sons caribenhos e toda essa mistura que está latente no sangue da doce baiana. “Do lugar de onde eu venho realmente não tem jeito de ser diferente”, contou Márcia ao Acha Brasília.
“Eu ouvia falar muito que Brasília tinha muita diversidade. Então aqui é o meu lugar.”, declarou logo no início da apresentação, marcada por protestos contra a presença de Feliciano na Comissão dos Direitos Humanos, a quem dedicou canções como “Catedral do Inferno”, em uma analogia ao Congresso Nacional. “E olha que não fui eu quem criou esta canção, foi Cartola.”
Foi uma viagem musical em um repertório luxuoso, com sonoridades que resultaram deste nobre encontro entre Márcia e uma banda que tem instrumentos que falam como se humanos fossem. Guitarras de levantar serpentes. Os instrumentos de sopro eram vozes de regozijo. A cozinha da banda: “Toda baiana!”, declarou, orgulhosa de suas origens.
Márcia Castro volta em breve à cidade, em data e local a serem confirmados. Um privilégio poder assistir seu show, sentar ao seu lado, conversar e descobrir uma artista sensível, bem humorada e extremamente inteligente. Uma carreira que tem longa estrada, seguida por um séquito de admiradores, que só tendem a aumentar a cada dia.