A Alfinete Galeria apresenta a partir do dia 7 de setembro, a mostra “Percaminhos”, de Carlos Lin, com curadoria de Marília Panitz, que lança um novo olhar sob a linguagem visual, conjugando imagens fotográficas, pinturas, desenhos, textos e objetos variados, além de sons e imagens em movimento. A poética do artista se faz de forma “bricoleur”. A junção de elementos díspares investiga a instalação e a bricolagem como linguagens capazes de dialogar com a arte contemporânea.
As imagens instauram um novo olhar sobre a imagem, sobre a memória e sobre a persistência do ato poético. As palavras revelam uma tentativa de síntese ao conjuga o sentido e a forma de enunciação. Os objetos transferem vestígios do mundo vivido para o espaço da galeria; conservando o caráter de experimentos, transformando-os em linguagem poética por uma forma particular de pensar e produzir arte.
Sua obra resgata a estética do informe e a insere como prática cotidiana em um processo permanente de transformações do tempo no espaço. Há uma matriz construtiva e uma série organizada de referências que perpassam seu trabalho, atualizando contribuições e subvertendo a tradição, ao congregar, numa mesma experiência, aspectos particulares da história da arte e da tradição cultural que, normalmente, não são encontrados justapostos. Sua poética se ancora em uma originalidade singular, revelando composições possíveis a partir de elementos, aparentemente, desconexos, como questionadores do estatuto costumeiro da obra de arte.
O trabalho de Carlos Lin se compromete com uma reflexão filosófica em torno de questões fundamentais para a arte contemporânea, como é o caso da visibilidade, da presença ou da ausência do referente, da participação ou alienação do corpo, da construção poética como processo, entre outros.
Podemos perceber a intenção de questionar o afeto (num esquema quase emblemático sobre o amor e algumas das suas configurações), a problemática em torno da condição humana (vinculada aos aspectos simbólicos do pertencimento e do abandono) e a abertura ao espaço infinito como metáfora do eterno (o chão, a rachadura como o lugar de transferência para as aspirações humanas, aquilo que falta como núcleo do desejo).
Na abertura programada para o dia 7 de setembro, intervenção musical de Alex Queiroz e Performance musical do coletivo SCLRN, com Oziel e Milton Marques. Também contará com uma parceria inédita na comercial da 116 norte. A Alfinete Galeria se une à reinauguração do Lolla Lab e ao Café Savana, que recebe a mostra Quem Procura Acha, de Luis Jungmann Girafa.
Serviço: Mostra “Percaminhos”, de Carlos Lin
Local: Alfinete Galeria (SCLN 116 – Bloco B – Loja 61 – Subsolo)
Abertura: 7 de setembro de 2013 às 17 horas
Visitação: De 7 de setembro a 7 de outubro (de quarta a sábado, das 15 às 20 horas)
Entrada franca
Classificação livre.