CCBB recebe mostra gratuita com filmes dirigidos por mulheres.

Até 4 de abril.

Amor, plástico e barulho de Renata Pinheiro.
Amor, plástico e barulho de Renata Pinheiro.

A Mostra Prêmio Carmen Santos está em cartaz no cinema do CCBB de 23 de março a 4 de abril, com entrada franca. O festival, que tem o objetivo de fortalecer e de valorizar filmes dirigidos por mulheres, contribuindo para o empoderamento das nossas cineastas e de suas produções, apresenta curtas e médias-metragens produzidos a partir do Edital Carmen Santos 2013 e os seguintes longas-metragens convidados: “Que horas ela volta?”, de Anna Muylaert, “Olmo e a gaivota” e “Elena”, de Petra Costa, “Amor, plástico e barulho”, de Renata Pinheiro, “Califórnia”, de Marina Person e “De gravata e unha vermelha”, de Miriam Chnaiderman.

Olmo e a gaivota.
Olmo e a gaivota de Petra Costa.

A Mostra é uma realização da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC), da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). As sessões acontecem às 17h, 19h e 21h (segundas, quartas, quintas e sextas) e às 16h, 18h e 20h (sábados e domingos).

Elena.
Elena de Petra Costa.

O Edital Carmen Santos foi lançado em 2013, resultado de parceria entre SAv/MinC, SPM e Empresa Brasil de Comunicações (EBC). O objetivo era apoiar obras audiovisuais dirigidas por mulheres, podendo ser ficção ou documentário, com técnicas de animação ou não. O resultado final conta com 9 curtas-metragens, de 5 minutos, e 6 médias, de 26 minutos, que tiveram em suas equipes mulheres ocupando quase todas as funções e que tratam de diversos assuntos, como o empoderamento feminino, sexualidade, estereótipos de gênero, violência contra a mulher dentre outros.

Que horas ela volta, de Anna Muylaert. Divulgação.
Que horas ela volta? de Anna Muylaert. Divulgação.

Programação:

23/03 – quarta-feira

17h

Papéis de Adélia
Como era Gostoso o Meu Príncipe
De menino, de menina
Ou isso ou Aquilo

19h

A festa da Joana
Que horas ela volta?

21h

Na minha sopa não
Atadas
Corpo Manifesto
Quem matou Eloá?

24/03 – quinta-feira

17h

Anseios das Cunhãs
Na minha sopa não
Corpo Manifesto
Quem matou Eloá?

19h

Papéis de Adélia
Atadas
Elena

21h

A batalha das Colheres
De menino, de menina
Quem matou Eloá?

26/03 – sábado

16h

Papéis de Adélia
Fábula de Vó Ita
Ou isso ou Aquilo
A batalha das colheres

18h

Prelúdio
A festa da Joana
Califórnia

20h

A batalha das Colheres
Viver de Mim
Quem matou Eloá?

27/03 – domingo

16h

A Festa da Joana
Fábula de Vó Ita
De menino, de menina
Ou isso ou Aquilo

18h

Papéis de Adélia
Na minha sopa não
Olmo e a gaivota

20h

Mulher movente
Atadas
De gravata e unha vermelha

28/03 – segunda-feira

17h

Como era Gostoso o Meu Príncipe
A Festa da Joana
Ou isso ou Aquilo
Viver de Mim

19h

Os anseios das cunhãs
Atadas
Elena

21h

Os anseios das cunhãs
Prelúdio
De menino, de menina
Viver de Mim

30/03 – quarta-feira

17h

Prelúdio
Na minha sopa não
Poeira & Batom no Planalto Central

19h

Fábula de vó Ita
Atadas
Corpo Manifesto
Quem matou Eloá?
Brasília Debate Cinema de Mulheres

31/03 – quinta-feira

17h

Como era Gostoso o Meu Príncipe
Fábula de Vó Ita
A batalha das colheres
Corpo Manifesto

19h

A festa da Joana
Na minha sopa não
Que horas ela volta?

21h

Papéis de Adélia
Mulher movente
Ou isso ou aquilo
Viver de Mim

01/04 – sexta-feira

17h

Papéis de Adélia
A Festa da Joana
Amor, plástico e barulho

19h

Fábula de vó Ita
Os anseios das cunhãs
A batalha das colheres
Quem matou Eloá?
Debate com diretoras

02/04 – sábado

16h

Prelúdio
Fábula de Vó Ita
De gravata e unha vermelha

18h

Na minha sopa não
Atadas
Olmo e a gaivota

20h

Ou isso ou aquilo
A batalha das Colheres
Corpo Manifesto

03/04 – domingo

16h

Papéis de Adélia
A Festa da Joana
Califórnia

18h

Prelúdio
Fábula de vó Ita
Amor, Plástico e Barulho

20h

Na minha sopa não
Mulher movente
Ou isso ou aquilo
Viver de Mim

04/04 – segunda-feira

17h

Como era Gostoso o Meu Príncipe
Mulher movente
Ou isso ou Aquilo
Viver de Mim

19h

De menino, de menina
De gravata e unha vermelha

21h

Os anseios das Cunhãs
Atadas
De menino, de menina
Quem matou Eloá?

Califórnia de Marina Person.
Califórnia de Marina Person.

Sinopses:

CURTAS
Atadas, de Tarsila Venancio Nakamura.
SP . Documentário . Livre
Tendo em vista que submeter-se a agressões de qualquer tipo é, para a maior parte das pessoas, uma atitude irracional, este documentário relata depoimentos de algumas mulheres que foram agredidas por seus maridos, buscando compreender os diversos aspectos que motivaram a decisão de continuar com eles.

Mulher Movente, de Beatriz Taunay Graça Couto.
RJ . Documentário . Livre
O curta propõe um diálogo entre a narrativa poética e imagens documentais. Uma voz em off narra um texto sobre o feminino que acompanha as imagens.

Prelúdio, de Julia Peres.
SP . Animação/Ficção . Livre
Animação que conta a história de uma menina cuja família é marcada pela violência e que encontra na música um refúgio.

Como era gostoso o meu príncipe, de Fernanda de Paula Silva.
MG . Ficção . Livre
Fábula de uma princesa que, enquanto passeava pelo lago, encontra uma rã. Esta diz ter sido enfeitiçada por uma bruxa e só voltará a ser um príncipe se receber um beijo.

A Festa da Joana, de Vera Milhome Vasques.
SP . Ficção . Livre
Joana quer fazer uma festa de aniversário temática, decorada com seu personagem favorito, o Batman. Mas encontra a resistência familiar e de seus colegas por ter escolhido um tema considerado masculino.

Na minha sopa não, de Mirela Kruel Brilhar.
RS . Ficção . 10 anos
Celeste, ao chegar em casa e fazer uma sopa, se depara com uma situação de tensão que exige uma escolha, uma ação.

Os anseios das cunhãs, de Regina Lúcia Azevedo de Melo.
AM . Ficção . 16 anos
Um curta sobre a prostituição, violência e exploração femininas, desencadeadas pelo advento da Zona Franca de Manaus, que motivou a migração especialmente de meninas do interior do Estado do Amazonas, atraídas pelo sonho de uma vida melhor na capital. O roteiro é baseado em um poema da jornalista Regina Melo, que traduziu de forma lírica a relação dessas mulheres com o ambiente da capital.

Fábulas de vó Ita, de Nilma Thallita Oshiro Meireles e Joyce Prado.
SP . Ficção, com técnicas de animação . Livre
Vó Ita certa vez percebe que sua neta enfrenta problemas de preconceito na escola que mexem com a sua autoestima. Ela usa sua sensibilidade e experiência para, através da magia da fábula, mostrar para a menina que não há nada de errado em ser diferente e que existem infinitas formas de beleza.

Papéis de Adélia, de Ludmilla Rossi de Oliveira.
SP . Ficção . Livre
Uma atriz iniciante interpreta Adélia. Anos se passam, sua carreira vai se consolidando e passando por várias personagens, cada papel mostra um novo momento da trajetória da mulher na sociedade. Décadas depois, ela é convidada a atuar novamente em Adélia, mas agora os tempos são outros e a história está bem diferente.

Ou isso ou aquilo, de Hadija Chalupe da Silva.
RJ . Ficção . Livre
Dona Nilzete descobre em uma pesquisa escolar de sua filha que as estátuas da cidade onde vive são todas dedicadas a homenagear homens. Ela então se engaja em um projeto político que estabelece que 30% dos monumentos teriam que representar heroínas locais, dentre índias, duquesas e parteiras.

De menino, de menina, de Angélia Muniz Valente.
SP . Documentário . Livre
Ambientado em uma escola pública de educação infantil da cidade de São Paulo, o filme acompanha crianças de 5 a 6 anos de uma mesma sala de aula em brincadeiras direcionadas para provocar sua imaginação sobre os papéis tradicionalmente vinculados a meninos e meninas.

A batalha das colheres, de Fabiana de Lima Leite.
MG . Ficção . 12 anos
O filme conta a história de Salomão, um homem truculento que, depois de atacar a companheira, foge para a casa da amante: uma mulher que não cederá aos seus abusos. “A batalha das colheres” é uma revolta protagonizada pelas mulheres de um pequeno lugarejo que se unem como podem para combater a máxima de que “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”.

Quem matou Eloá?, de Lívia Perez de Paula.
SP . Documentário . 12 anos
Documentário que propõe reflexão sobre a atuação da mídia televisiva nos casos de violência contra a mulher. O filme é uma oportunidade de analisar a cobertura televisiva do sequestro e da morte da jovem Eloá utilizando as imagens reais transmitidas na época.

Viver de mim, de Juily Jyotsna S. Manghirmalani.
SP . Documentário . 12 anos
Discussão sobre a sexualidade feminina através da visão de seis entrevistadas mulheres, que possuem as mais diversas formas de expressão sexual.

Corpo Manifesto, de Julia Bahia Bock e Carol Araújo.
SP . Documentário . 12 anos
Documentário sobre os movimentos feministas do século XXI, acompanhando todas as etapas da Marcha das Vadias e da Marcha Mundial das Mulheres, grupos de manifestantes que lutam pela liberdade e pelo respeito às mulheres.

LONGAS
Elena, de Petra Costa.
Documentário. 12 anos . 2012
Ao viajar para Nova York, Elena segue o sonho de se tornar atriz de cinema e deixa no Brasil uma infância vivida na clandestinidade, devido à ditadura militar implantada no país, e também a irmã mais nova, Petra, de apenas sete anos. Duas décadas depois, Petra, já atriz, embarca para Nova York atrás da irmã. Em sua busca Petra apenas tem algumas pistas, como cartas, diários e filmes caseiros. Ela acaba percorrendo os passos da irmã até encontrá-la em um lugar inesperado.

Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert.
Ficção. 12 anos . 2015
A pernambucana Val (Regina Casé) se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino (Michel Joelsas) vai prestar vestibular, Jéssica (Camila Márdila) lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.

Olmo e a Gaivota, de Petra Costa e Lea Glob.
Documentário. 12 anos . 2015
Olívia (Olivia Corsini) é uma atriz que está ensaiando a peça “A Gaivota”, de Anton Tchekov, quando descobre que está grávida. Enquanto a produção avança, o bebê dentro dela cresce e um acidente a afasta da montagem, que tem seu companheiro como protagonista. De repouso em casa por semanas, ela lida com as bruscas mudanças em sua rotina, seu corpo e sua vida em geral.

Amor, Plástico e Barulho, de Renata Pinheiro.
Drama. 14 anos . 2013
Shelly (Nash Laila) é uma jovem dançarina que tem o grande sonho de se tornar cantora de Brega (estilo musical popular do nordeste brasileiro). Ela entra para o show business em busca de fama e fortuna mas, inserida em um mundo onde tudo é descartável, incluindo o amor e as relações humanas, ela vai encontrar grandes dificuldades para atingir a fama. Seguindo os passos de Jaqueline (Maeve Jinkings), sua companheira de banda e musa inspiradora, ela pretende virar uma grande cantora de música Brega.

Califórnia, de Marina Person.
Drama. 12 anos . 2014
Início dos anos 1980. Estela (Clara Gallo) é uma adolescente que vive os conflitos típicos da idade, de identidade, amizade e amor. Ela tem um ídolo, o tio Carlos (Caio Blat), jornalista musical que vive nos Estados Unidos. E o maior sonho da menina é visitá-lo na Califórnia, durante as férias. Os planos dela vão por água abaixo, no entanto, quando ela descobre que é ele quem está voltando para o Brasil, magro, debilitado por consequência de uma doença sobre a qual a medicina apenas começava a se debruçar.

De Gravata e Unha Vermelha, de Miriam Chnaiderman.
Documentário. 12 anos . 2015
Transsexuais, transgêneros, adeptos do crossdressing e entusiastas debatem sobre a construção individual do próprio corpo. Uma defesa da livre escolha de gênero.

Poeira e Batom no Planalto Central, de Tânia Fontenele
Documentário. Livre. 2010
Filme documentário com 50 mulheres que participaram da construção de Brasília. O documentário Poeira & Batom apresenta a saga da construção de Brasília contada por 50 mulheres que chegaram entre 1956 e 1960. Uma nova e feminina forma de recuperar a história dos primórdios de Brasília. Tempos de poeira e entusiasmo para contribuir para o sonho de JK, Niemeyer e Lucio Costa.

De gravata e unha vermelha de Miriam Chnaiderman.
De gravata e unha vermelha de Miriam Chnaiderman.

Serviço: Mostra Prêmio Carmen Santos
Data: De 23 de março a 4 de abril
Local: Cinema do CCBB (Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Lote 22)
Entrada Franca (A senha deve ser retirada na bilheteria 1 hora antes do início de cada sessão
Informações: (61) 3108-7600.