Brasília visitada pelo olhar de uma poeta. Essa é a proposta do Roteiro Geopoético de Brasília escrito por Amneres Santiago. Um guia turístico, que mergulha na história da construção da cidade e de seus mitos de fundação. A base do roteiro é o projeto urbanista de Lúcio Costa que, em 1957, ganhou o concurso para a construção do Plano Piloto de Brasília.
São cinco percursos turísticos que elegem a caminhada como forma de levar viajantes e habitantes a desenvolverem um olhar geopoético sobre a cidade, para além dos monumentos, com paradas que estão fora do roteiro tradicional. Na visão da autora Amneres, “a viagem faz parte da história do homem no planeta. E o viajante, na atualidade, é compreendido como aquele que parte em busca de uma poética da geografia ou geopoética”.
Amneres defende ainda que, pelo caminho da geopoética, é possível empreender “uma busca pela alma do lugar”. Nos diversos atrativos que fazem parte do roteiro estão: a Pedra Fundamental, a Praça dos Três Poderes, a superquadra modelo 308 sul e o Memorial JK, entre outras paradas. Dessa forma, a escritora recupera a história da construção da cidade e dos mitos fundantes que a envolveram. Entre eles, destacam-se o de capital do futuro e o de território mítico do sonho de Dom Bosco, indicando a construção de uma nova civilização entre os paralelos 15º e 20º.
E para apresentar a cidade, Amneres escolheu seis personagens, que vivem em Brasília, para dar voz em seu roteiro. O cineasta Vladimir Carvalho, o poeta Nicolas Behr, a professora Maria Aparecida Emediato, o auditor fiscal e pioneiro Miguel Rodrigues, o publicitário Pedro Laplace e a internacionalista Leiliane Rebouças.
O objetivo do Roteiro é levar habitantes e viajantes a conhecerem a “alma” de Brasília, através de seu projeto urbanístico e arquitetônico, em suas escalas bucólica, residencial, gregária e monumental, como projetou Lúcio Costa.
Segundo a autora, Brasília é resultado de uma utopia, representada pelo sonho de milhares de brasileiros que atenderam ao chamado do presidente Juscelino Kubitschek e – no meio da vastidão do cerrado, em menos de quatro anos, “construíram uma obra-prima, uma cidade considerada templo da arquitetura modernista, tombada pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade”.
Lançamento presencial do Roteiro Geopoético de Brasília
24 de novembro (quarta) de 17 às 21 horas
Museu de Arte de Brasília (MAB – Ao lado da Concha Acústica, no Setor de Hotéis de Turismo Norte).