Renato Acha
Uma entidade reluzente que muda de cor a cada jogo de luz. Marisa Monte surgiu sereia e trouxe seu mar de canções para inundar a lua cheia e arrebatar corações na noite de sábado (14 de maio) na Arena BRB do Estádio Mané Garrincha.
O show da turnê “Portas” apresentou músicas do último disco e sucessos da carreira cantados em coro. A trilha sonora de muitos casais e apaixonados. As memórias, cartas e imagens evocadas anunciaram a temporada de grandes shows na cidade.
“Estou feliz em estar de volta a Brasília depois dessa grande espera para esse reencontro com vocês. Queria agradecer a cada um por ter vindo e dizer que vocês são todos muito bem-vindos”.
Mesmo em um grande estádio, Marisa Monte conseguiu envolver de forma intimista. Batman Zavarese aprofundou o mergulho no oceano. O diretor de arte projetou imagens desenvolvidas a partir da série “Fundos” da artista plástica Lúcia Koch. A caixa cênica concebida por Cláudio Torres ganhou efeitos visuais estonteantes que se expandiram por todo o palco em flashes de transe coletivo. O unboxing de Marisa contrapôs o mundo interior do confinamento ao exterior do sonho em uma aura mística envolvente.
A banda contou com Dadi Carvalho (baixo, violões e piano), Davi Moraes (guitarra), Pupillo (bateria), Pretinho da Serrinha (percussão e cavaquinho), Chico Brown (violões e piano), Antônio Neves (trombone), Eduardo Santana (trompete) e Oswaldo Lessa (sax e flauta) que enalteceram a obra de Marisa nas 32 músicas do roteiro.
Marisa Monte reinou soberana em noite memorável que selou a comunhão com seus fãs. Um show para aguçar a imaginação com sons e visuais surpreendentes que presentearam a plateia calorosa com uma viagem no tempo e espaço.