O Ciclo de oficinas e performances musicais com programação de software acontece de 25 de junho a 12 de novembro no Anexo do Museu Nacional da República. As atividades gratuitas apresentam uma introdução à programação de software criativo, com foco em música eletrônica experimental.
O projeto é uma pesquisa musical que trata do ensino e da prática da música com programação de software. As ações consistem em seis oficinas e seis performances de criação musical por meio de programação do software. Cada oficina contará com um artista convidado, a fim de propiciar um diálogo e interação entre música com instrumentos tradicionais e a música com programação de software.
Alexandre Rangel é o condutor do projeto, que convida cada artista para apresentar uma abordagem em relação ao software Sonic Pi. O maestro Luiz Oliviéri traz Arranjo e Composição, o guitarrista Sergio Cepa interage com a Guitarra. O DJ Barata (Criolina) vai trabalhar com a Bateria. O baixista Vavá Afiouni usa o Baixo Elétrico. O poeta Gérson Deveras apresenta Voz e Poesia. O produtor musical Ramiro Galas abre o Ciclo, nos dias 25 e 26 junho, com Música Eletrônica.As oficinas são divididas em conteúdos teóricos, prática e performances coletivas. Os participantes podem usar seus laptops, mas estarão disponíveis computadores para uso coletivo.
Os músicos convidados e os participantes das oficinas traduzirão suas técnicas e ideias para o sistema de programação de software Sonic Pi. O Sonic Pi, baseado na linguagem Ruby, é um ambiente de programação criado pelo Prof. Sam Aaron, da Universidade de Cambridge, para educação musical e introdução à informática para crianças, ou seja, é tudo muito simples. Além do Sonic Pi, a oficina apresenta outros softwares livres de produção criação musical com algoritmos.
Como uma linguagem de programação pode interagir e contribuir com músicos reais, desencadeando processos criativos inusitados? Com o sistema, os participantes podem, por exemplo, instruir o sistema a tocar uma sequência de notas baseada nas notícias do jornal, mapear as vogais das manchetes nas teclas pretas do piano e as consoantes nas teclas brancas. É possível basear acordes nos ponteiros do relógio, assim como experimentar ritmos de bateria que só poderiam ser tocados por uma pessoa com três braços. A imaginação é o limite para introduzir a poética e o caos do ser humano nos códigos da computação.
A condução das oficinas é de Alexandre Rangel, artista multimídia brasiliense, Mestre em Arte Educação pela Universidade de Brasília (UnB). Rangel tem produzido performances com a técnica de criação de software audiovisual, como o “Sábio ao Contrário” e Weekly Beats, desafio de produção de uma música com código de programação a cada semana de 2016. Já apresentou suas criações no Brasil, Argentina, Espanha, EUA, França, Dinamarca, Holanda e Taiwan.
O Ciclo de oficinas e performances musicais com programação de software tem apoio do Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura do DF.
Serviço: Ciclo de oficinas e performances musicais com programação de software – Com Alexandre Rangel e artistas convidados
Local: Anexo do Museu Nacional da República – DF
Datas: 25 e 26 junho (sábado e domingo)
23 e 24 julho (sábado e domingo)
20 e 21 agosto (sábado e domingo)
10 e 11 setembro (sábado e domingo)
22 e 23 outubro (sábado e domingo)
12 e 13 novembro (sábado e domingo)
Horários: Sempre de 15 às 20 horas
Faixa etária: Maiores de 14 anos
Entrada franca
Inscrições