Sozinha em cena num cômodo montado nas ruas, a artista circense Mária Ribeiro apresenta seu espetáculo, Veneta! Escrito durante a pandemia, Veneta apresenta um contraponto entre a tristeza – fruto da solidão causada pelo isolamento social e a brincadeira em forma de espetáculo gestada dentro desse cenário que pautou os longos dias que duraram a pandemia. Agora, nas ruas, Veneta renasce, revive – e o melhor: em seu ambiente de origem, seu habitat natural.
As apresentações acontecem nos dias 28 de julho na Praça Central do Paranoá, 29 de julho no Taguaparque e 30 de julho no Parque Ana Lidia – Parque da Cidade. O espetáculo tem o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e do Fundo de Apoio à Cultura (FAC).
Quando pensou em escrever Veneta, Mária Ribeiro conta que ouvia as gargalhadas do público ressoando em seu ouvido, numa mistura de nostalgia e esperança de voltar às ruas, “a arte é uma das poucas coisas que perduram tragédias, especialmente a arte de rua”. Foi com esse impulso que Mária deu corpo ao seu novo espetáculo – regado de interação, cenas divertidas, muita acrobacia, show de mágica, música e alegria. As cenas acontecem numa sala, cômodo em que Mária passou a maior parte do seu tempo.
O espetáculo tem a direção do multi-artista circense Atawallpa Coello da Cia. Circo Rebote e a produção fica por conta de Erika Mesquita, essa experiente e multi artista também da Cia. Circo Rebote. Para as cenas, o espetáculo conta com uma rede montada, na qual Veneta se apresentará “É com esse espírito do servir à arte, expressar de alguma forma uma alegria e diversão às pessoas, que Veneta entra em cena”, afirma Mária.
Mária Ribeiro, nascida no Rio de Janeiro e criada em Brasília, é apaixonada pela arte de rua e palhaçaria e começou seus estudos e experiências como atriz, em 2005. É acrobata, palhaça e se arrisca nos instrumentos musicais enquanto realiza sua paixão de interagir com o público. Seu espetáculo, Veneta, traz essa temática: a interação com o as pessoas num mix de espontaneidade onde tudo pode acontecer, assim, de veneta, de uma hora para outra com autonomia e autenticidade e com o vislumbre de que, num cenário pós pandêmico, essa personagem pudesse renascer em seu habitat natural: as ruas. Com a interação e o calor humano típico desse tipo de espetáculo, criando relações e histórias.
É isso que uma artista apaixonada pela arte da cena, a palhaçaria de rua faz durante a pandemia e das privações sociais geradas a partir desse caos, cria! Para diversos artistas de rua, acostumados a estarem em contato constante com o público, um sopro de esperança foi a criação de espetáculos que pudessem ser assistidos e vivenciados pós-pandemia, ou seja, nas ruas! É a arte de rua como afirmação de uma força que nunca acaba.
Veneta – Espetáculo de rua – Gratuito – sempre às 17 horas
Dia 28 de julho – Praça Central do Paranoá
29 de julho – Taguaparque
30 de julho – Parque Ana Lídia.