Na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, realizada nesta sexta (5 de agosto), a arte de Athos Bulcão foi a referência para a criação dos figurinos e da coreografia da primeira parte do evento, o segmento “Welcome”. A obra desse artista carioca, mestre da integração entre arte e arquitetura, que colaborou com a construção de Brasília, inundou de beleza o centro do estádio do Maracanã.
As formas do padrão de azulejos da Torre de TV de Brasília ilustraram os macacões dos voluntários e os quadrados e triângulos do painel da Estação da Lapa, de Salvador, imprimiram ludicidade aos movimentos que receberam os atletas e o público que prestigiou esse memorável evento que une os povos de todo o mundo.
A abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 homenageou um artista que dedicou sua arte aos espaços públicos, colocando-a no caminho ao trabalho, nas escolas, em hospitais e em espaços de lazer, transformando a cidade de Brasília em um museu a céu aberto.As imagens dessas obras foram gentilmente cedidas pela Fundação Athos Bulcão, instituição sem fins lucrativos criada em 1992 para preservar e divulgar a obra do artista. A Fundação realiza diversos projetos de arte-educação além de exposições sobre o trabalho de Athos em centros culturais pelo Brasil e no exterior. Possui um acervo de obras, estudos e projetos do artista, que exibe em sua sede em Brasília.
Athos Bulcão (1918-2008) foi um dos maiores e mais consagrados artistas brasileiros do século XX e o mestre da intervenção artística na arquitetura. Com seu vigor e rigor construiu uma linguagem poética de extrema universalidade, realizando de forma única a união da arte à arquitetura com painéis em azulejos, pinturas murais, relevos em madeira ou mármore. Em sua obra de ateliê produziu as incríveis fotomontagens, máscaras, pinturas e desenhos. Em Brasília, Athos imprimiu a marca de sua elegância, sensibilidade, imaginação e vibração em mais de 200 obras de integração da arte à arquitetura, em parceria principalmente com os arquitetos Oscar Niemeyer e João Filgueiras Lima, o Lelé.
Para mais informações, acesse www.fundathos.org.br.
