Cia. Plágio de Teatro comemora 10 anos de atividades com o espetáculo “A Autópsia de um Beija-Flor”.

19 a 21 de outubro.

Espetáculo A Autópsia de um Beija-Flor
A Autópisia de um Beija-Flor Fotos: Alexandre Magno

Poético, filosófico e com pitadas de humor ácido e suspense, A Autópsia de um Beija-Flor levanta uma reflexão sobre o momento atual no mundo. “Vivemos dias conturbados, interesses pessoais estão acima dos públicos. A intolerância, o respeito ao próximo, a liberdade de expressão e a invasão de privacidade se banalizaram”, observa o autor da peça, Santiago Serrano. “A Autopsia de um Beija-Flor” marca a nova parceria de Serrano com a premiada Cia Plágio de Teatro. Com direção de Sérgio Sartório, o espetáculo cumpre temporada no Teatro Silvio Barbato, entre os dias 19 e 21 de outubro, sexta, sábado e domingos, às 18h e 20h.

A Cia. Plágio de Teatro, há 10 anos, faz teatro inspirada no que considera a essência desta arte, atuação potente e dramaturgia original. Com estes ingredientes, o grupo ganhou visibilidade nacional com suas 14 montagens e acumula 17 prêmios de teatro e outros quatro no cinema. As comemorações, destes 10 anos de atividades, que se iniciam com temporadas dos espetáculos de repertório, seguem no ano que vem com a montagem de duas nova peças, além de oficinas e outras atividades. Contemplada pelo Edital de Manutenção de Grupo, do FAC – Fundo de Apoio à Cultura, a Cia. conta também com o patrocínio do BRB Card.

Espetáculo A Autópsia de um Beija-Flor

O texto enxuto e profundo de Serrano foi inspirado na história vivida em países latino-americanos que sofreram com governos ditatoriais. A ditadura, porém, não é o tema central do trabalho. “Ela permeia o espetáculo, mostra o que ainda colhemos desses regimes e o caminho percorrido até chegarmos ao tempo em que o egocentrismo é mais forte que qualquer causa comum”, acrescenta o diretor Sérgio Sartório, que também sobe ao palco e contracena com André Deca.

Fundamentada em situações de perseguição, espionagem contra personalidades, intelectuais e, especificamente, um funcionário público e uma suposta garota de programa, a peça também leva ao palco situações visíveis de polaridades. O espião é também espionado. Serrano optou por não dar nome aos personagens, levando ao espectador a história de dois colegas, um novato e um experiente, que trabalham buscando informações sobre a intimidade alheia. “São voyeurs em nome de um contratante. Mas eles também são observados por um mundo cheio de curiosos”, adianta o ator André Deca.

Equipe premiada
Santiago Serrano tem vários textos encenados no Brasil com grande repercussão, como Dinossauros, Fronteiras, Eldorado, A Revolta e Noctiluzes. A Autópsia de um Beija-Flor reúne uma equipe premiada. Sérgio Sartório tem em seu portfólio prêmios de melhor ator em cinema e teatro e André Deca foi premiado em festivais de cinema, como Gramado e Brasília. O cenógrafo e figurinista Roustang Carrilho foi agraciado com o Prêmio SESC, em 2012 e 2014, e o sonoplasta Tomás Seferin já levou prêmios do Festival Cena Contemporânea, no Rio, e do SESC.

A Autópsia de um Beija-Flor
Temporada: de 19 a 21 de outubro
Horários: Sexta, sábado e domingo, sempre às 18h e às 20h
Local: Teatro Sesc Silvio Barbato, Edifício Presidente Dutra, SCS, Quadra 2
Ingressos: R$ 20 (inteira), e R$ 10 (meia), à venda no local.
Informações e reservas: 3522 9521
Capacidade do teatro: 180 lugares
Classificação indicativa: 14 anos