Forró Red Light grava o show “Tropeiros Trópicos” na Birosca no aniversário de Brasília

Músicas na plataformas em 22 de abril. Show no YouTube em 24 de abril.

Fotos: Bento Viana.

O Forró Red Light vai gravar um show intimista no dia em que Brasília faz 61 anos. Formado por Geninho Nacanoa e Ramiro Galas, o duo brasiliense faz a primeira apresentação do EP Tropeiros Trópicos. São quatro músicas gravadas com a participação de Índia Mãe da Lua, Samuel Torres e um remix do grupo HaONO com a participação de Renato Matos.

“Forró Red Light é um duo de forró em formato Live PA, misturando batidas eletrônicas com baião, xote, coco, frevo e sonoridades regionais. O grupo iniciou seus laboratórios em meados de 2013 e teve sua primeira apresentação em 2015. Foi uma longa estrada pra chegarmos até aqui.”, conta Geninho Nacanoa.

A gravação do show acontece na Birosca do Conic, somente para 40 convidados, respeitando as normas de distanciamento social e os protocolos de combate à COVID-19.

As músicas serão lançadas nas plataformas digitais na quinta dia 22 de abril. E a gravação do show será transmitida para o mundo pela internet no dia 24 de abril, no canal do Forró Red Light no YouTube.

O Forró Red Light descreve o novo trabalho:

Tropeiros Trópicos é pensado na conotação da ampliação dos sentidos que ganha a imagética de quem for ver. Quando formos dizer Tropeiros Trópicos vamos lançando no ar a provocação, de decodificação dos signos. Na fonética a ideia é abrir o sentido para a percepção de um trote, do galope de um cavalo. E para o entendimento da semântica está embutido o duplo sentido também. Na significação que a princípio, pode ser entendida como esse contraste de ser um Tropeiro da região dos Trópicos, um símbolo desse sertão da região central, desses Geraes místicos, das profundas matas e ribeirões, que traz em sua história essa dialética de pertencer a um povo esquecido, a uma região de tantas riquezas ameaçadas e ainda inexploradas, em um país que é reconhecido quase que exclusivamente, em todo mundo por suas características geográficas litorâneas, e seu povo tropicalíssimo, de praia, samba e carnaval.

Junto também com esse sentido semântico implícito se junta a possibilidade da interpretação de serem tropeiros trupicando, embriagados. Brasileiros de vida simples, de baixa renda. Sem garantias, segurança ou certezas, mas sempre fortes, indo em frente. Viajantes em suas vidas de aventureiros, mas sem recursos. Cidadãos sem direitos ou garantias. Mão de obra barata, trabalhadores explorados, cansados, mas resilientes com seus sonhos e sua fé levando a vida e sua tropa. Seguindo… A trilha e seus destinos.”