II Mostra Internacional de Mímica.

El Fotógrafo de Magic Jules es Nathalie Granger-Pacaud.
El Fotógrafo de Magic Jules es Nathalie Granger-Pacaud.

A II Mostra Internacional de Mímica apresenta 14 espetáculos do gênero no Complexo Funarte, de 17 a 26 de maio. São obras clássicas e contemporâneas, dramáticas e cômicas produzidas no Brasil e no exterior.

“Mímica teatral está hoje muito além do silêncio como seu pilar. A dramaturgia tem sido parceira fundamental nas criações. Alguns de nós, a exemplo do fabuloso Jomi, que utilizou de sua surdez para produzir arte, desfila ternura sob as luzes da ribalta seguindo os passos de grandes como Marcel Marceau”, destaca Miquéias Paz, curador da mostra e que completa este ano 30 anos de carreira.

Os encontros entre artistas com a presença de público formado por estudantes de artes cênicas e plateia faz da Mostra um veículo potente para alimentar a arte da mímica. No dia 21 de maio (terça), às 20 horas, o Espaço Mimo vai receber artistas e entusiastas da linguagem.

Layza Vasconcelos.
Layza Vasconcelos.

A programação traz a Companhia Punto Clown, da Espanha, e a Compagnie Janvier, da França, representantes do Teatro Gestual, e do mundialmente reconhecido Jomi (Josef Michael Kreutzer), da Alemanha, com seu estilo de Pantomima, caracterizada pela rosto pintado de branco e luvas e que comunica-se por meio de gestos ilustrativos desenhados no espaço.

Da Colômbia vem o versátil Jader Clown, da Colômbia, que no ano passado envolveu e divertiu o público com suas desafiantes técnicas de mímicas e palhaçadas, e Daniel Quiroga, da Argentina.

Do Brasil, a Mostra traz o carioca Jiddu Saldanha com sua maneira simples e envolvente de fazer mímica; a Mimus – Companhia de Teatro, e da Bahia. Goiânia é representada pela Companhia Teatro Ritual e pelo Grupo Bastet.

De São Paulo, Luis Louis com sua forma intensa de expressar as fronteiras da fala e do gesto; Victor de Seixas, um dos mais respeitados mímicos brasileiros contemporâneos; além de Albeto Gaus, vencedor do Prêmio Molière e um dos mímicos mais respeitados do Brasil por sua longa trajetória e um extenso repertório; e Vanderli Santos, da Cia. Solar da Mímica, primeiro espaço para investigação da mímica no Brasil.

Miquéias Paz, curador da mostra e primeiro mímico do DF, que celebra seus 30 anos de atuação na área em 2013, também presenteia a plateia com sua apresentação. Miqueias faz parte da geração de mímicos que saíram pelo Brasil divulgando essa arte logo após o término da ditadura militar, nos anos 80. Uma geração responsável por contribuir para que esta arte conquistasse espaço no cenário Brasileiro.

Darwin. Foto: Ana Maria Tannus.
Darwin. Foto: Ana Maria Tannus.

Espaço mimo – Espaço de convivência onde, público, criadores e interessados na arte da pantomima poderão trocar experiências com os artistas que compõem a mostra. Neste local haverá uma área de alimentação, DJs e diversas atividades para o público que poderá aguardar o início dos espetáculos em uma área pensada especialmente para agregar todos os participantes da mostra.

II Encontro Internacional de Mímicos

No dia 21 de maio, às 20h, no Espaço Mimo, a Mostra promove um encontro entre os mímicos participantes e estudantes de artes cênicas de instituições de ensino superior do Distrito Federal. O objetivo do encontro é discutir as perspectivas, a estética e os novos rumos da mímica contemporânea. Participam do encontro Miqueias Paz (DF), Jader Clown (Colômbia), A Mimus – Companhia de Teatro (BA), Jiddu Saldanha (RJ) e Victor de Seixas (SP).

Sinopses dos espetáculos:

Morisquetas – O riso e a ternura são os principais ingredientes deste espetáculo composto por quadros ou mímico-dramas curtos de onde têm lugar divertidas situações do viver diário. O personagem utiliza acrobacias, música, ilusões construídas com o corpo, objetos e gestos cômicos para divertir crianças e adultos.

De amor también se Muere – Daniel Quiroga (Argentina) – Sob a direção de Ernerto Suárez, Daniel Quiroga encontra seu estilo de trabalho independente. Nesta oportunidade o conhecido e talentoso mímico promete apresentar por meio da Pantomima tudo o que aprendeu e todo o conhecimento que adquiriu em sua carreira. Quiroga iniciou sua carreira profissional em 1981 com um espetáculo chamado “Mimonólogo”. Desde então começou sua investigacao para chegar a uma linguagem distinta e única se utilizando do corporal tendo como influência grandes mestres da Europa, Argentina e América Latina.

Selvagem – Luis Louis (SP) – O que restou do animal de ontem no Homem de hoje? Tudo? Nada? Foi evolução? Regressão? Aliás, pensando bem, o que é ser verdadeiramente Homem? De questões como estas nasceu “Selvagem”, em que o tema “animal” x “modernidade” é abordado com muito humor e criatividade por meio de situações e personagens extraídos do cotidiano. Utilizando as técnicas da mímica e do teatro físico, a peça se inicia com uma breve e divertida cena, onde é mostrada a “evolução” do Homem – macaco até a virada para o século XXI. Em seguida, este ser já desenvolvido é colocado de encontro às facilidades da vida moderna, tais como: televisão, computadores, transporte público e, também, na vida social, com seus amigos, namorada, família e etc… O resto dos instintos selvagens, guiados pelos sentidos, que já foram, uma vez, tão aguçados, enfrentam o estresse da cidade grande, sempre explorando o lado cômico dos chamados “animais racionais”.

Jogo da Memória – George Mascarenhas (BA) – A relação entre a lembrança e o esquecimento e o desejo de controlar o tempo estão em foco de discussão da peça, que articula Mímica Corporal Dramática e dramaturgia contemporânea. E se pudéssemos voltar no tempo? E se as escolhas fossem outras? E se nada disso tivesse acontecido? E se tudo não passasse de um jogo? E se os caminhos tivessem levado a outro lugar? E se pudéssemos voltar atrás? E se pudéssemos ter mais tempo? Este jogo de percepções, imagens e memórias é levado à cena no espetáculo da Mimus – Companhia de Teatro que traz George Mascarenhas (também diretor do espetáculo) e Deborah Moreira (autora do texto). Inspirado em princípios e procedimentos de jogos diversos, o espetáculo aborda a relação entre a lembrança, o esquecimento e o desejo de controlar o tempo, a partir da metáfora de um acidente de trânsito. Em cena, construída como um tabuleiro de jogo, os dois atores interpretam oito personagens que compartilham seus pontos de vista e revivem ou tentam reconstituir o acidente, a partir de seus próprios olhares.

Brigada Dadá – Cia Punto Clown (Espanha) & Compagnie Janvier (França) – Três inspetores autodidatas são recrutados para uma investigação surpreendente e muito original. Encontram problemas a todas as soluções. Conseguirão estes inspetores resolver o enigma? Como exibir a face da estupidez universal? O absurdo e ridículo não matam! As armas sim, mas as deles são falsas! Em qualquer caso, vamos nos deixar surpreender por estes policiais, únicos em seus métodos, em seus comportamentos e em suas loucuras. Esta Brigada Dadá nos dá a segurança da poesia, a única solução verdadeira, mesmo que efêmera, como prevenção à insegurança de uma sociedade que prefere investir em câmeras de vigilância. Com Marine Benech (França), Sergio Claramunt (Espanha) e Christophe Dussauge (França).

Chuva de Risos – Cia. Solar da Mímica (SP) – Esta é a estória de um personagem que resolve encarar a vida com outros olhos. Em uma hora de espetáculo surgem vários guarda-chuvas que nos levam ao paraíso da imaginação. Saindo do cotidiano, passando pela lua e terminando em alto mar… O que protege dos ventos e da chuva pode também ser um trem que nos leva a uma outra estação ou um barco que nos leva a um novo romance. O que será melhor ?! Pegar um guarda-chuva e ficar em um canto morrendo de frio… ou transformá-lo em uma espada e matar os dragões da vida?! Como seria a vida se utilizássemos tudo o que nos rodeia de uma maneira que não fosse a corriqueira? Talvez o prazer de viver o inusitado esteja escondido atrás do cotidiano, e este nosso personagem abre este guarda-chuva de infinitas possibilidades, chegando a uma relação bem humorada com o público – coadjuvante constante dessa comédia, cujo objetivo maior é mostrar o puro e simples prazer de viver a vida… Autoria e Interpretação: Alberto Gaus.

Darwin, tudo evolui exceto o coração dos homens – Cia. Angatu. Com Victor de Seixas. O espetáculo propõe um encontro entre o Mimo Corpóreo de Etienne Decroux com o Teatro da Morte do diretor e dramaturgo polonês Tadeusz Kantor. O espetáculo tem a forma de um poema visual, com uma narrativa não convencional que segue uma “lógica dos sonhos”. Nele, fatos são apresentados por uma sucessão de imagens que vão guiando as ideias de volta até um ponto principal, que é a força motriz do próprio sonho.

Magic Jules – Compagnie Janvier (França) – Jules sonha em se transformar em uma grande mágico. Nesta noite é sua grande noite e tudo está preparado. Ele Conhece seus números de memória e nada pode falhar… Sim, tudo está bem. Ele tem um pouco de medo e tenta controlar seus nervos. Mas, o que ele busca? A gloria? O sucesso? O amor? Quem sabe… Esta vez nada vai fazê-lo parar. Com Christophe Dussauge.

Mimicando 30 anos – Miquéias Paz (DF) – Espetáculo comemorativo dos 30 anos de carreira do primeiro mímico do Distrito Federal. O espetáculo é uma compilação de cenas e esquetes que compuseram a carreira de Miquéias Paz ao longo de três décadas. O bebê e o palhaço, o incêndio, o ônibus… Cenas do cotidiano que inevitavelmente são apresentadas pelo mímico em diversas situações e apresentações. O espetáculo é concebido especialmente para a II Mostra Internacional de Mímica.

Between Dream and Reality – Jommi – Josef Michael Kreutzer (Alemanha) – Você tem a impressão de que hoje em dia a presença do ruído e do movimento está aumentando de maneira alarmante? Todos lamentamos a falta de tempo, o estresse permantente… Todos nos sentimos apressados e desejamos nada mais que o silêncio. O objetivo de Jomi, que nasceu surdo, é que as pessoas voltem a descobrir o valor do silêncio. Com sua arte do silêncio Jomi quer marcar sinais de vida e de tempo. Sua arte é assim sem voz, mas nunca sem palavras. É o porta voz que toca nossa consciência, nosso espírito e sobretudo, nosso coração. A arte de Jomi consiste tanto em sua atuação precisa como em sua maneira de encher a alma a uma imensa diversidade de figuras.

Vamos a la praia – Grupo Bastet (GO) – Os palhaços resolvem, em um lindo dia de sol, irem à praia. No entanto, onde moram não existe praia. Resultado: eles misturam realidade com sonho e, aos poucos, a praia surge diante dos sentidos do público. As sensações de bem-estar, alegria e prazer inundam o espectador e o transporta, junto aos palhaços, a esta praia mística. Utilizando objetos inusitados, brincadeiras coletivas, números circenses, música (muita música) e efeitos sonos cada vez mais sofisticados, eles se divertem em um lindo dia ensolarado. A história é contada de forma a estimular a criatividade e resgatar o que há de mais puro em cada um: a imaginação que não conhece barreiras. Com Franco Pimentel, Thiago Moura, Diego de Morais, Danilo Rosolem e João Eudes. Direção de Miquéias Paz.

Por Detrás do Silêncio – Jiddu Saldanha (RJ) – Este solo de mímica é um espetáculo de pantomima e palhaçaria. Jiddu é autor de alguns quadros e intérprete de outros. “Por Detrás do Silêncio” encanta todo o público desde o final dos anos 80. O trabalho revisado pelo mímico e diretor teatral, Álvaro Assad homenageia o mestre Everton Ferre, com quem Jiddu aprendeu a linguagem da mímica teatral.

O X da Questão – Cia. Solar da Mímica (SP) – A difícil trajetória do ser humano – o medo de dividir sem ser subtraído… De uma forma suave e bem humorada, os personagens desse espetáculo representam, nada menos que o cotidiano de todos nós, a nossa busca diária pelo “tesouro”, percorrendo caminhos tortuosos, sem saber o que o destino nos reserva, buscando sempre o “X” da questão… E, nessa “trilha”, temos companheiros (ou adversários), pessoas do dia-a-dia, que podem nos dar apoio ou esconder a outra metade do mapa. Depende de nós… Em cena, dois incansáveis aventureiros, que espelham nossa busca e nosso conflito, através de duelos, mares, montanhas e tantos obstáculos (que muitas vezes criamos sem necessidade), a constante batalha pelo melhor lugar…, pelo maior pedaço …Sempre mais…mais…mais De uma maneira simples, numa linguagem universal, de fácil entendimento para todas as faixas etárias, “O X DA QUESTÃO…”, pretende mostrar, o que talvez, seja o nosso maior tesouro…: o AMOR, o RESPEITO, o COMPARTILHAR”… Com Alberto Gaus e Vanderli Santos.

Q.Q.ISS?! As Aventuras de Pendú e Camí – Do outro lado da lua e do arco-íris – Teatro Ritual (GO) – Pendu é um espantalho que está preso em sua rotina de trabalho: cuidar da plantação. Muito tempo se passou sem que ele se movesse. Num inusitado dia, conhece Camí, um espantalho andarilho fugido de sua roça para percorrer o mundo. Curiosos com as possibilidades de mover as pernas Pendu e Camí partem juntos se aventurando em uma incrível jornada em busca do desconhecido. Uma divertida aventura cômico visual, que utiliza linguagens como a mímica, o teatro de bonecos, a máscara e o palhaço, em situações inusitadas que os espantalhos Pendú e Camí enfrentam para abordar a curiosidade que move a humanidade.

Programação:

PROGRAMAÇÃO MÍMICA-2 Plan7

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Serviço: II Mostra Internacional de Mímica

Data: De 17 a 26 de maio

Local: Teatro Funarte Plínio Marcos
Eixo Monumental Setor de Divulgação Cultural Lote II (entre a Torre de TV e o Clube do Choro)

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia para estudantes, maiores de 60 e professores da rede pública de ensino )

Classificação indicativa para todos os espetáculos 12 anos.

Informações 3202-3277
www.mimicabrasilia.com

Informações: (61) 3322 2076

Teatro SESI Taguatinga, Sala Yara Amaral
QNF 24 S/N – Área Especial
Taguatinga Norte

Informaçoes: (61) 3355 9577. 

Foto: Compañía Punto Clown. Spectacle Brigada Dadá, por Jordi Pla.