“Um ponto importante foi o estado de origem dos escritores e diretores, pois pretendíamos chegar a um projeto com abrangência e linguagem nacional”, afirma Carla Mullulo.
“Os autores foram escolhidos considerando a idade, suas atuações na literatura, e os prêmios que receberam mesmo ainda jovens”, completa João Braune.
Os textos são inéditos e escritos especialmente para o projeto e os diretores tiveram a liberdade de escolher o material com o qual mais se identificavam. “Cada diretor se interessou por um tema diferente, com isso, os textos foram distribuídos sem qualquer percalço”, afirma Braune.
Os diretores tiveram o encargo de trabalhar com até quatro atores da nova geração em cena, escolhidos a seu critério, porém desconhecidos entre si. Os espetáculos se desenvolveram com base em troca de mensagens e e-mails.
“A receptividade ao projeto foi positiva. Tão logo descrevíamos a ideia, os convidados já se sentiam entusiasmados a participar. Quando anunciamos o CCBB como patrocinador o aceite foi imediato”, comemora Carla.
São quatro espetáculos inéditos sob autoria de: André de Leones (GO), Xico Sá (PE), Joca Reiners Terron (MT), João Paulo Cuenca (RJ), Cristina Moura (DF), Fernando Yamamoto (RN), Haroldo Rego (PB) e Pedro Brício (RJ). A abrangência de estados permite traçar um panorama da dramaturgia no país.
A abertura acontece de 11 a 15 de maio com o espetáculo Concerto para Quatro Vozes e Alguma Memória, sob autoria de André de Leones e direção de Cristina Moura. Na trama o presente e o passado de dois casais são trazidos à tona, tendo a memória como território desconhecido e instigante. Três mulheres e um homem exploram este universo mutável que perpassa do cotidiano ao fantástico e obscuro, com momentos que vão da alegria à tristeza.
De 18 a 22 de maio, o espetáculo A Mulher Revoltada, de Xico Sá com direção de Fernando Yamamoto, conta a história de Lucinha, uma balzaquiana que se envolve com Marcelo, um jovem jornalista atormentado e perseguido pela voz de um ‘velho canalha’, que não para de perturbá-lo.
De 25 a 29 de maio é a vez de Cedo ou Tarde Tudo Morre, com texto de Joca Terron e direção de Haroldo Rego. Um jovem casal envolto a muitos acontecimentos que desetabilizam a vida a dois e dão lugar à culpa e sacrifício, amor e lucidez, em uma trama repleta de surpresas.
De 1º a 5 de junho será apresentado o espetáculo Terror, com autoria de João Paulo Cuenca e direção de Pedro Brício. A montagem aborda o encontro entre dois amantes no Rio de Janeiro no dia da queda das Torres Gêmeas. Ela, que mora em NY com o namorado, está com a volta marcada para o dia seguinte. A queda das Torres provoca uma crise entre os dois, que desencadeia em conflitos gerando dúvidas sobre qual será o futuro de ambos.
Fichas técnicas:
Concerto para quatro vozes e alguma memória
De André de Leones
Direção – Cristina Moura
Temporada: de 11 a 15 de maio.
Elenco: Branca Messina, Raquel Rocha, Marina Vianna e Pedro Henrique Monteiro
A Mulher Revoltada
De Xico Sá
Direção – Fernando Yamamoto
Temporada: de 18 a 22 de maio.
Elenco: Dudu Galvão, Titina Medeiros, Joel Monteiro e Paula Queiroz
Cedo ou Tarde, tudo morre
De Joca Terron
Direção – Haroldo Rego
Temporada: de 25 a 29 de maio.
Elenco: Michel Blois, Liliane Rovaris e Valéria Alencar
Terror
De João Paulo Cuenca
Direção – Pedro Brício
Temporada: de 1º a 5 de junho.
Elenco: João Velho e Nina Morena
Serviço: Nova Dramaturgia Brasileira
Local: Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (SCES Trecho 2, lote 22).
Temporadas: de 11 de maio a 5 de junho de 2011.
Dias e horários: de quarta a sábado, às 19h, e domingo, às 18h.
Preço: R$ 15,00 e R$ 7,50 (meia-entrada para estudantes, professores, pessoas com mais de 60 anos e clientes BB).
A venda antecipada de ingressos inicia-se dois domingos antes de cada espetáculo. Limitada a quatro bilhetes por pessoa.
Informações: (61) 3310-7087.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos.
